Autor: Erivaldo Alencar.
Letra: 21 12 2015 e
música:
Há se eu pudesse agora
Iria pra meu lugar
Rever minha terra querida
E meus parentes abraçar
Ouvir a voz da natura
E o tempo desafiar.
Ia correr e brincar
No meio do matagal
Buscava o gado na roça
E levava pro curral
Dava um aboio bonito
Pra alegrar o pessoal.
Pegava um animal
Botava a cela no bicho
Montaria no cavalo
Cavalgava no capricho
De peneira e gibão
Sem medo do carrapicho.
Sem poluição nem lixo
A selva contemplaria
Com amigos e parentes
Na relva me deitaria
Pegaria uma viola
E faria uma cantoria.
Sozinho ou com companhia
Contemplaria a natureza
Ia ver os rios cheios
Banhar-me na correnteza
E nadar de rio abaixo
Pra apagar minha tristeza.
Eu iria com certeza
Banhar-me na cachoeira
Ver as águas borbulhando
E fazendo corredeira
Formando cachos de espumas
Nevando sobre a pedreira.
No alto duma aroeira
Ouvir pássaros cantar
E nas águas do açude
Ir nadar e mergulhar
Levar anzol e galão
Pra com amigos pescar.
Pegar peixes e cozinhar
Na pescaria comer
Todos os dias bem cedo
Contemplar o alvorecer
Manhã ver nascer o sol
E a tarde se esconder.
Ouvir cigarra gemer
Nas horas quentes do dia
Ver na escuridão da noite
Ofuscando em harmonia
Os astros no firmamento
Esbanjando simpatia.
E a lua quem diria
Bela risonha e garbosa
Prateando as noites
escuras
Tão bonita e majestosa
Vigilantes dos amantes
Sedutora e dengosa.
Minha terra santa e mimosa
Onde nasci e me criei
Lá vivi minha infância
Sem motivos a deixei
Preciso revê-la mas
Quando voltarei não sei.
Francisco Erivaldo Pereira
Alencar.
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