Autor: Erivaldo Alencar.
Letra: 07 07 2015 e música:
Todos vão me condenar
Mas o que fiz está feito
Agora não tem mais jeito
Para poder consertar
A culpa tem endereço
A morte quem dar o preço
Para quem crer no destino
Pela falta de prudência
Atendi a violência
Pra me tornar assassino.
O pior do erro meu
Foi depois da discursão
Não contive a emoção
E o fato aconteceu
Pelo ódio fui dopado
Meu instinto descontrolado
E de modo repentino
Eu perdi a paciência
Atendi a violência
Pra me tornar assassino.
O meu peito tá em brasa
Ver seu corpo enterrado
E eu no mundo jogado
Sem poder chegar em casa.
Eu estou arrependido
Por ter isto cometido
Na hora do desatino
Sem pudor e sem clemência
Atendi a violência
Pra me tornar assassino.
Não posso ressuscitar
A quem tanto eu amei
Eu fui bárbaro eu sei
Ninguém vai me perdoar
Claro não tenho razão
Por ouvir o coração
Louco cruel e cretino
Perdi do bem a essência
Atendi a violência
Pra me tornar assassino.
Vou pagar tudo que fiz
Numa penitenciária
Custará cara a diária
Deste monstro infeliz
Não merecerei perdão
Nem dó e nem compaixão
Por agir com desatino
Movido pela insolência
Atendi a violência
Pra me tornar assassino.
Por eu não pensar direito
Pratiquei uma crueldade
Perdi minha liberdade
Para mim não tem mais jeito
Tenho que ir pra cadeia
Não adianta cara feia
Nem também culpar destino
Por falta de indulgência
Atendi a violência
Pra me tornar assassino.
Não adianta lamentar
O fato foi consumado
Eu é que foi o culpado
Deste ato praticar
Com isto perdi meu sossego
Na sarjeta sem apego
Como andarilho sem tino
Indigno de complacência
Atendi a violência
Pra me tornar assassino.
Francisco Erivaldo Pereira Alencar.
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