Autor: Erivaldo Alencar.
Letra: 24 06 2015 e música:
Padre reza na matriz
Eu canto lá no banheiro
Pastor prega na igreja
Galo canta no poleiro
Porco se banha lama
Cabra dorme no chiqueiro.
A mulher varre o terreiro
O pica-pau fura o pau
Noivos usam alianças
Chocolate é do cacau
O pinto nasce do ovo
Na mata canta o bacurau.
Costureira usa dedal
Para não furar o dedo
O repentista faz versos
Rimando conta enredo.
Nem na peia o fofoqueiro
Aprende guardar segredo.
O vagabundo tem medo
De ter que ir trabalhar
O cachorro bom de caça
Vai sem o dono caçar
O cara que bota chifre
Tem medo de chifre levar.
Quem gosta de bagunçar
Só se apruma quando apanha
Quem entra na briga mata
Morre fere ou se arranha
Porém aquele quem entra
No jogo nem sempre ganha.
Eu admiro a aranha
Por fazer telha sem barro
Eu sou um cara disposto
Nem ao perigo esbarro
Derrubo o touro no mato
Boto careta e amarro.
Do trabalho tiro sarro
E sempre estou prevenido
Pra mim não há desafio
Que eu não tenha resolvido
Em tudo que vou fazer
Boto amor raça e sentido.
Francisco Erivaldo Pereira Alencar.
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