quinta-feira, 4 de junho de 2015

1.820 - MONTANHAS DE TROVAS.

Autor: Erivaldo Alencar

Letra: 05 -6 2015 e música:

Há sessenta e seis anos
No Comboeiro nasci
Como um sonho que passa
No tempo envelheci.

Vou numa rua e noutra
De vender perdi a fé
Pra controlar meu expresse
Vou comer um picolé.

Tenho amor no coração
Não guardo mágoa no peito
Ao amigo quero bem
Ao inimigo respeito.

Já tentei em loterias
Mas ganhar não tive sorte
Pra conseguir o que quero
Desafio até a morte.

Estou sentado num banco
Cá na praça da matriz
Vou levantar vou pra casa
Meu picolé ninguém quis.

Sou poeta escritor
Mas não faço profissão
Pra explorar este dom
Busco na inspiração

Quando se perde um amor
Tem outro que logo vem
Pra ser feliz no amor
Não só basta querer bem.

Grande êxodo rural
Tem me deixado alerto
O lugar que eu nasci
Está ficando deserto.

Da velha casa que nasci
Nem ruína existe mais
Aquelas terras também
Já não são mais dos meus pais.

Pra ir ao topo da fama
Tem que ir pela escada
Nesta montanhas de trovas
Tenho marca registrada.

Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

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