Autor: Erivaldo Alencar.
Letra: 05 06 2015 e música;
Todas noites a lua sai
Por de traz da grande serra
Com seus raios prateados
Vem pratear minha terra.
Todos dias bem cedinho
O sol nasce no nascente
Percorre todo universo
E vai morrer no poente.
Olho e vejo estrelas
Ofuscando a amplidão
Do alto do universo
Centelha meu coração.
Levantei cedo fui pra rua
Entusiasmado com fé
Empurrando meu carrinho
Para vender picolé.
É dia de Corpus Cristus
Feriado nacional
Pra igreja é dia santo
Mas trabalhar na faz mal.
Nasci na zona rural
E fui rico fazendeiro
Quebrei e vim pra cidade
Para ser picolezeiro.
Na rua com um carrinho
De picolé sou vendedor
Com lápis e papel na mão
Sou poeta escritor.
Eu nasci num pé de serra
Onde o sol custa nascer
Com quatro meses de aulas
Aprendi ler e escrever.
Eu sou filho lá da terra
Que canta triste o Vem-vém
Sou donde a mulher pilava
Milho pra fazer xerém.
No alto do céu eu louvo
Deus Jeová criador
E aqui na terra tenho
Jesus como salvador.
O dia está nublado
Parece que vai chover
A seca não deixou água
Pra cozinhar e beber
Não denuncio ninguém
Se eu não tiver as provas
Eu prefiro fazer versos
Neste balseiro de trovas.
Francisco Erivaldo Pereira Alencar.
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