Autor: Erivaldo Alencar.
Letra: 29 01 2017 e
música:
Peço a Deus o grande
mestre
Pra poder me abençoar
Ao seu filho Jesus Cristo
Para inspiração me dar
Pra narrar à trajetória
De Erivaldo Alencar.
Sua vida e trajetória
Eu conheço muito bem
Pois ninguém mais do que
eu
Sabe donde que ele vem
Seu passado seu presente
E o que deseja também.
Conheço suas origens
Quando e onde nasceu
O que fez e o que faz
Lugares onde viveu
Eu asseguro porque
O Erivaldo sou eu.
Sou Francisco Erivaldo
Pereira Alencar
Comboeiro, São Paulinho,
Acopiara é meu lugar
Cearense do interior
Que nasci para versar.
No dia três de novembro
De quarenta e oito o ano
Mais ou menos nove horas
Eu não cometo engano
Lá numa casa de taipa
Onde Deus traçou meu
plano.
De Julio Aires Pereira
Eu sou seu filho primeiro
E de Maria de Lourdes
Pereira seu nome inteiro
Meu pai foi vereador
E cantador violeiro.
A minha mãe foi doméstica
Foi boa mãe e senhora
Ela teve doze filhos
Os quais eu direi agora
O Erivaldo sou eu
Versar é o que mais adora.
Depois de mim foi Arlindo
A Lúcia veio em seguida,
Eunice, Emanuel,
Edileusa a prometida,
Neviwton e Espedita
Rita e Aparecida.
Depois de Fátima e Socorro
O meu pai enviuvou
Casou-se com Creuzimar
Nova família formou
Cherline, Juliana e Julio
Sua prole completou.
Batizei-me no Ebrom
São Francisco é meu
padrinho
Já na minha adolescência
Crismei-me em São Paulinho
Registrei-me no Trussu
Para ser cidadãozinho.
Meu pai me levou pra roça
Com cinco anos de idade
Deu-me as primeiras lições
Com muita capacidade
No ofício da agricultura
E a ser homem de verdade.
Com meus pais eu aprendi
A rezar como cristão.
Mas foi lá em São Paulinho
A primeira confissão
E muito emocionado
A primeira comunhão.
Eu inda era criança
Só não lembro a idade
Levei um coice na testa
Quase uma fatalidade
Eu fiquei horas em coma
Sem dar conta da verdade.
Foi aos onze de idade
Que eu aprendi a ler
Em quatro meses de aulas
Eu aprendi escrever
Tive quatro professores
Pra me ensinar o saber.
Pois na minha adolescência
Ser padre muito sonhei
Uma vaga no convento
De Canindé arranjei
Ao invés de um convento
Foi na roça que eu fiquei.
Eu nunca fui de ir festas
E também nunca dancei
Só aos dezessete anos
Namorada arranjei
Minha prima foi à moça
Por quem me apaixonei.
Próximo aos vinte anos
Eu consegui em noivar
Eu a deixei lá no sítio
Em São Paulo fui morar
Ganhar dinheiro e depois
Voltar para me casar.
Foi no ano sessenta e nove
Que isto aconteceu
Eu deixei meu Comboeiro
Pra São Paulo viajei
Eu trabalhei na Diana
Mas em setenta voltei.
De volta a minha terra
O noivado terminei
Não demorou muito tempo
Outra noiva arranjei
No ano setenta e três
Com a mesma me casei.
Quando cheguei de São
Paulo
Na feira eu fui trabalhar
Traiçoeiramente um cara
Fez tudo pra me matar
Deu-me cinco peixeiradas
Mas consegui escapar.
No ano setenta e três
Casei-me com Liduina
No mesmo ano nasceu
Uma bonita menina
Mas aos trinta e cinco
dias
A vida dela termina
No ano setenta e quatro
Tornei-me Vice-Presidente
Do time Farias Brito
Da cidade residente
Além de vice também fui
Um atleta competente.
Dos oito filhos nascidos
Primeiro foi Marilene
Cátia e Pedro e depois
Francilene e Lucilene
O último foi Julio Aires
Antes Francisco e Gislene.
Somente Francisco Aires
Lá em São Paulo nasceu
Na cidade de Suzano
Lá onde nasceu morreu
Os outros são cearenses
Nordestinos como eu.
No ano setenta e seis
No interior cearense
Com outros fundei a Liga
Desportiva Acopiarense
Duas vezes fui secretário
Da liga que me pertence.
No ano setenta e nove
Para São Paulo voltei
Primeiro Jardim Nordeste
Em São Nicolau morei
Depois para Miguel Badra
Lá em Suzano mudei.
Junho de setenta e nove
Um emprego arranjei
Na Tostines onde quase
Sete anos trabalhei
Final de oitenta e cinco
Uma greve liderei.
No ano oitenta e cinco
Uma greve eu liderei
Unido a dois amigos
Aquela indústria parei
Dispensado por telegrama
A Tostines eu deixei.
Maio de oitenta e seis
Para o Ceará voltei
Eu vim para Acopiara
Uma oficina montei
Na oficina e comércio
Muitos anos trabalhei.
Dia primeiro de maio
O Acopiara fundei
Em julho do mesmo
Mais uma liga criei
Por muitos anos seguidos
A mesma administrei.
Fui três vezes presidente
Cinco vice-presidente
Um conselheiro fiscal
Trabalhei severamente
Levantei o futebol
Junto com a minha gente.
Ainda em oitenta e seis
O campeonato eu fiz
Foi no ano de noventa
Que eu me senti feliz
Patrocinei a seleção
Numa campanha infeliz.
Pela primeira vez
A seleção participou
Dum torneio oficial
Que APCDEC formou
No cenário esportivo
Acopiara se lançou.
No ano noventa e um
No Intermunicipal
Torneio da APCDEC
Acopiara fez legal
Fizemos boa campanha
Na disputa estadual.
O Acopiara Juventude
Time de minha fundação
Orientado por mim
Já pela federação
Foi o quarto colocado
Do Torneio Integração.
Contratei no mesmo
Senhor Vicente Trajano
Treinador profissional
Pra desenvolver um plano
Foi um trabalho perfeito
Realizado neste ano.
No ano noventa e dois
Contratei o Zé Preguinho
Fomos vice campeão
Num trabalho com carinho
Já no intermunicipal
Seguimos o mesmo caminho.
No ano noventa e cinco
Numa eleição disputada
Pra presidente da liga
Conquista foi alcançada
Ganhei com apenas um voto
Numa vitória apertada.
No ano noventa e oito
Fui decepcionado
Pelo prefeito da cidade
Que me fez trouxa enganado
Eu fui na conversa dele
Que não cumpriu o mandado.
Foi quando pedi a Deus
Algo para eu fazer
Do esporte que eu amava
O mais depressa esquecer
No mesmo dia comecei
Poesia escrever.
Foi em um dez de setembro
Que dia maravilhoso
Eu tive a bênção de Deus
Nosso Mestre glorioso
Fiz o primeiro poema
Para me tornar famoso.
O ano foi noventa e oito
Que nasci pra poesia
Quase aos cinquenta anos
Com imensa alegria
Em “mulher pretensiosa”
Em versos me lançaria.
No ano dois mil e um
Em Guarulhos fui morar
Fui para Ribeirão Preto
Pra num posto trabalhar
Retornei pra Acopiara
Na intenção de ficar.
Fui pra Juazeiro do Norte
Pra na feira trabalhar
Mas lá também não certo
Logo tive que voltar
Lá no sítio Comboeiro
Para estacas tirar.
Vendi a propriedade
E voltei para a cidade
Vender picolé nas ruas
Pois tinha necessidade
Vendi cartelas de bingos
Com muita seriedade.
Voltei vender picolé
E depois me aposentei
Voltei para o esporte
No picolé continuei
Mas de escrever meus poemas
Felizmente não parei.
Montei uma museoteca
E um blog pude criar
Tanto jornais e TVs
Vieram me entrevistar
Esta é a trajetória
De Erivaldo Alencar.
Francisco Erivaldo Pereira
Alencar
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