sábado, 28 de janeiro de 2017

2.113 - FAZER A NOSSA CULTURA SAIR DO ANONIMATO.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra; 28 01 2017 e música:

Todos aqui me conhecem
Sabem minha situação
Que eu não tenho recursos
Tou passando precisão
Vendo picolé nas ruas
Pra poder ganhar meu pão.

Claro, sou aposentado,
Mas eu sou muito doente
Dinheiro do benefício
Tá longe do suficiente
Obrigo-me a fazer bico
Pra continuar vivente.

Preciso tomar remédio
Para poder trabalhar
Trabalho pra comprar remédio
Pras dores aliviar
Sem trabalho não tem remédio
E sem remédio não dar.

Coleciono doenças
Embora contra a vontade
O trabalho que exerço
Vai de encontro minha idade
Obrigo-me reconhecer
Minha inutilidade.

Bem que eu tenho vontade
De trabalhar com cultura
Sou poeta escritor
Tenho um pouco de leitura
Quero fazer, mas não posso,
A ansiedade me tortura.

Quero uma oportunidade
Pra mostrar o meu valor
Quero ser útil ao povo
Da terra do lavrador
O não reconhecimento
Faz de mim um sofredor.

Não precisam andar muito
Sou fácil de encontrar
Todos sabem do meu nome
Só basta me procurar
Estou à disposição

E pronto pra trabalhar.

Quero descobrir valores
Mostrando existir de fato
Descobrir pontos turísticos
Que estão perdidos no mato
Fazer a nossa cultura
Sair do anonimato.

Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

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