Autor: Erivaldo Alencar.
Letra: 07 04 2016 e
música:
No tempo de estiagem
A seca tudo devasta
A chuva logo se afasta
Acaba água e pastagem
O povo pede em oração
Pra chuva cair no chão
Do sertão ao agreste
Acaba a água no rio
Seca pior desafio
Enfrentado no Nordeste.
Nem sequer o nevoeiro
Lá no céu no não aparece
Com o sol a terra aquece
Na chapada e taboleiro
A mata perde a folhagem
E seca toda ramagem
Do norte sul leste e oeste
Logo resseca o baixio
Seca pior desafio
Enfrentado no Nordeste.
Só quem sabe o que é isto
Quando uma seca aparece
É o povo que padece
A fome com fé em cristo
Sem comida pra comer
E sem água pra beber
Um sol virado na peste
É onde se perde o brio
Seca pior desafio
Enfrentado no Nordeste.
A seca tudo consome
Até a nossa crendice
Nas estradas a carnice
De gado morto de fome
Outros que vão trambecando
Caindo e se levantando
Na chapada serra e agreste
Morre na areia do rio
Seca pior desafio
Enfrentado no Nordeste.
É triste ver no sertão
Criança crescer pançuda
Magricela barriguda
Pela falta do feijão
Sem nada pra merendar
Sem almoço sem jantar
Dorme com a fome da peste
É onde se perde o fio
Seca pior desafio
Enfrentado no Nordeste.
Se ouve o povo clamar
Meio ao sol escaldante
E o pobre retirante
Indo pra outro lugar
Enfrentando a poeira
Subindo descendo ladeira
Abandona seu agreste
Noutro enfrenta chuva e
frio
Seca pior desafio
Enfrentado no Nordeste.
O nordestino é forte
Destemido e valente
Acostumado ao sol quente
Não teme a própria morte
Enfrenta a seca com
bravura
Cada seca uma aventura
Cada aventura mais um
teste
Nosso caboclo tem brio
Seca pior desafio
Enfrentado no Nordeste.
Francisco Erivaldo Pereira
Alencar
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