sexta-feira, 1 de abril de 2016

2.014 - PREDESTINADO SEM SORTE.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 01 04 2016 e música:


Eu sei que não sou nada na vida
E nem sei se um dia eu vou ser
Também não sei se eu devo buscar
Uma maneira pra poder crescer.

Pois tudo que eu faço só dar errado
Não sei o porquê de não fazer o certo
Tento ser feliz num mundo florido
Mas minha vida tem sido um deserto.

Eu sou um simples poeta escritor
Que começou mui tarde a escrever
Procuro escrever com seriedade
Sem jamais a ninguém comprometer.

Tenho teclado, mas não sei pra onde vai,
Tenho viola, mas não sei tocar,
Escrevo letras pra quem quiser ler
Sem cantar não vou me auto divulgar.

Infeliz mente aqui na minha terra
Poucos dão valor a nossa cultura
Até os poetas são desunidos
Vencer em cultura difícil aventura.

Os cordéis e livros de poesias
Infelizmente não consigo vender
A impressão deles fica muito cara
Nem sequer me atrevo a oferecer.

Eu trabalho com picolé nas ruas
Pra garantir minha sub-existência
Enfrento as horas mais quentes do dia
Vou aos limites da minha resistência.

Até o momento não fui descoberto
Por alguém importante da cidade
Nem sociedade nem a gestão pública
Sequer me deram oportunidade.

A tarefa é árdua e muito difícil
Pra sem recursos na busca insistir
Num alguém que possa me oferecer
Uma chance para poder subir.

Eu sou um cara de muita visão
Só inda não tive oportunidade
De explorar a todos os meus talentos

E comprovar minha capacidade.

O tempo passa com ele a velhice
Está chegando não posso evitar
As minhas forças também diminuem
E os meus hábitos começam mudar.

No momento enfrento dificuldades
Sozinho não consigo resolver
As soluções fogem ao meu alcanço
Eu tenho pressa pra poder crescer.

Há muita gente no mundo que estar
Na internet meu blogger acessando
Neste poema eu os agradeço
Por no dia adia tá me acompanhando.

Lêem meus trabalhos, mas não me conhecem,
Também não sabem minhas condições
Sou muito doente trabalho a força
Desabafo-me nas composições.

Aqui no Brasil o primeiro de abril
É consagrado o dia da mentira
O que escrevo são somente verdades
Meu sofrimento a mentira não tira.

Preciso de alguém que me dê às mãos
Pra na cultura crescer e ficar forte
Tenho que vencer todos os desafios
Pra não mais ser predestinado sem sorte.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

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