sábado, 23 de abril de 2016

2.024 - SEM ESPERAR REENCONTREI.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 23 04 2016 e música:


Há muitos anos atrás
Tive um caso amoroso
Foi um encontro somente
Em um lugar duvidoso
Com uma desconhecida
Num momento prazeroso.

Agradecido sem ela
Dali eu me retirei
Fui viver a minha vida
Como sempre imaginei
Esta mulher de quem falo
Nunca mais a encontrei.

Era uma jovem bonita
E ainda adolescente
Transformada em mulher
Aquela pobre inocente
Por um homem vaidoso
De atitude indecente.

Treze anos se passaram
De tudo eu me esquecia
Também nunca me casei
Meu mundo era só orgia
Pois não me interessava
Mulher em minha companhia.

Foi quando num belo dia
Numa festa de São João
Avistei uma morena
Mal vestida no salão
Encostada na parede
Que me chamou atenção.

Dirigi-me até ela
E a convidei pra dançar
Ela me disse que não
Que só estava a olhar
Que só estava na festa
Pra seu filho acompanhar.

Perguntei quem é você
Disse-me, uma perdida,
Que a treze atrás
Por alguém foi iludida
E por causa deste homem

Estragou a sua vida.

Nisto chegou um menino
E a ela se abraçou
Perguntei-lhe quem é ele
Olhando pra mim falou
Este menino é filho
Do homem que me enganou.

Com a vinda do nosso filho
Família me abandonou
Ele não tem documentos
Também nunca estudou
Por falta de condições
Até fome ele passou.

Ele é o nosso filho
Muito quer te conhecer
Fruto daquele encontro
Que você me fez sofrer
Ele precisa de ti
Não o deixe padecer.

Você foi o único homem
Que em meu corpo penetrou
Entreguei-me de corpo e alma
E a mim você se entregou
Depois sem motivo algum
Lá mesmo me abandonou.

Eu passei por maus momentos
Pra nosso filho criar
Sem ajuda de ninguém
Eu não o pude educar
Estamos nas suas mãos
Vai ou não nos ajudar.

Tudo que ela me disse
Eu tomei como castigo
Tentei sair, mas não pude,
Nem posso negar abrigo
Pedi perdão e os levei
Para ir morar comigo.

Eu larguei a boemia
E com ela me casei
Somos um casal feliz
Ele na escola botei
O amor que joguei fora
Sem esperar reencontrei.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

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