Autor: Erivaldo Alencar.
Letra: 21 02 2016 e música
do estilo.
Eu sou filho do sertão
Nasci lá no Comboeiro
Sou cidadão brasileiro
De todo meu coração
Eu amo o meu torrão
Fechado é meu lugar
Onde aprendi trabalhar
Por meus pais fui educado
Meu verso é peso pesado
Pra cantador carregar.
O meu pai foi cantador
Também foi bom violeiro
Autêntico cancioneiro
Do sertão desbravador
Sou poeta escritor
E gosto de versejar
Não aprendi a cantar
Na escrita sou preparado
Meu verso é peso pesado
Pra cantador carregar.
Quando pego uma caneta
Ou cento ao computador
E mostrando meu valor
Desfaço qualquer mutreta
Pego a mão o cometa
Que perto de eu passar
Sou capaz do mar secar
Quando eu estou danado
Meu verso é peso pesado
Pra cantador carregar.
Eu sou veloz como bala
Mas quando a máquina enguiça
Fico lento igual preguiça
Mas meu verso não entala
Nem a minha voz se cala
Brigo na terra e no ar
Sem deixar de versejar
Escrevo o que for mandado
Meu verso é peso pesado
Pra cantador carregar.
Sou um cara de moral
Não temo a valentão
Eu piso firme no chão
No sertão e capital
Na roça ou no curral
Sei com criação lidar
Também sei leite tirar
Sem o bezerro arreado
Meu verso é peso pesado
Pra cantador carregar.
Não discrimino ninguém
Antes tento ajudar
Se alguém me procurar
Não atendo com desdém
Eu faço o que me convém
Sem a ninguém maltratar
Reconheço meu lugar
Mas deixo o povo informado
Meu verso é peso pesado
Pra cantador carregar.
Eu sou um cara prudente
Mas não aguento abuso
Também não aceito intruso
Dar ordem na minha frente
Eu defendo minha gente
Não deixo ninguém brigar
Cuido logo em apartar
Para não ser machucado
Meu verso é peso pesado
Pra cantador carregar.
Francisco Erivaldo Pereira
Alencar.
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