Autor: Erivaldo Alencar.
Letra: 07 02 2016 e
música:
Saudades do sertão onde
nasci
Com meus pais e meus irmão
me criei
E das estradas por onde
passei
Linda infância que tão bem
vivi
Tenho saudades da vida no
passado
Como se fosse hoje estou
lembrado
Berço amado com meus
irmãos cresci
Lembro-me de tudo do mesmo
jeito
Inda até hoje eu guardo no
meu peito
Saudades do sertão onde
nasci.
Eu nasci lá no sítio
Comboeiro
No lugarzinho de nome
Fechado
No Ceará meu querido
estado
Acopiara torrão brasileiro
Terra boa de gente
hospitaleira
Límpido céu azul e lua
faceira
As madrugadas se ouvem a
juriti
Seriemas formam dueto
perfeito
Inda até hoje eu guardo no
meu peito
Saudades do sertão onde
nasci.
Atualmente eu moro na
cidade
Bem distante do meu sertão
amado
Como aventureiro fui pra
outro estado
Deixei o sertão sem
necessidade
Numa tarde límpida de sol
quente
Fui embora deixando minha
gente
Mas onde andei jamais
esqueci
Falar mal da minha terra
não aceito
Inda até hoje eu guardo no
meu peito
Saudades do sertão onde
nasci.
Inda lembro da sala de
ladrilho
Da casinha de taipa onde
nasci
Naquela cama de jirau
senti
O colchão feito de palha
de milho
No quarto escuro piso de
terra
Onde era a varanda o poeta
não erra
No alpendre amigos recebi
Cozinha com fogão de lenha
no jeito
Inda até hoje eu guardo no
meu peito
Saudades do sertão onde
nasci.
A casa de taipa não existe
mais
Inda lembro a sombra do juazeiro
Do futebol de meias no
terreiro
E os quintais não existem jamais
O Cajarana que tem minha
idade
Nasceu comigo na
propriedade
Pois juntamente com ele
cresci
O mofumbeiro amigo
perfeito
Inda até hoje eu guardo no
meu peito
Saudades do sertão onde
nasci.
E aquele velho pé de
aroeira
Precisava três homens pra o
abraçar
Cortaram pra em cinzas
transformar
Pra sempre o tiraram da
capoeira
Inda lembro a pedra
atravessada
E também da barragem
arrombada
Riachos cheios quantas
vezes eu vi
Águas barrentas saindo do
leito
Inda até hoje eu guardo no
meu peito
Saudades do sertão onde
nasci.
Majestosa Serra do
Comboeiro
E o risonho Rio Quincolé
As estradas que tanto
andei a pé
E o saudoso aboio do
vaqueiro
Lembro o vaqueiro com
roupa de couro
No cavalo na mata derrubar
touro
Foi rebanhando gado que eu
cresci
Fui menino disposto bom
sujeito
Inda até hoje eu guardo no
meu peito
Saudades do sertão onde
nasci.
Lembro do campo no Riacho
Fundo
Depois mudou para o
Comboeiro
O meu pai do time foi o
goleiro
Do açude com o porão
profundo
Recordo muito bem da
cachoeira
Lembro dos lajedos e da
pedreira
Do mandacaru e do pé de
oiti
Das tanajuras que caiam de
eito
Inda até hoje eu guardo no
meu peito
Saudades do sertão onde
nasci.
Nunca esqueci da cacimba
da briga
Banhos de açudes e nas
cachoeiras
Corridas de cavalos nas
cajazeiras
Da fuxiqueira que fazia
intriga
Do roço e da cata do
algodão
Das cirradas debulhas de
feijão
Foi trabalhando na roça
que cresci
Aprendi os costumes de
homem direito
Inda até hoje eu guardo no
meu peito
Saudades do sertão onde
nasci.
Francisco Erivaldo Pereira
Alencar.
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