segunda-feira, 2 de abril de 2012

838 – BEBUM NOS BRAÇOS DA SOLIDÃO

Autor; Erivaldo Alencar.

Letra; 24 05 2008 e música; 10 10 2009.

Certa vez eu deparei
Em uma viagem minha
Um cidadão ao relento
Numa cidade vizinha                                                                                                                                                                                   Entre lágrimas e pranto
Contou-me a vida que tinha

Sem que eu lhe perguntasse
Disse veja cidadão
O mundo dar muitas voltas
Olhe minha situação
A vida me castigou
Sou o fruto duma traição

Há muitos anos atrás
Arranjei uma namorada
Jovem meiga muito bonita
Foi por mim idolatrada
Com muito amor e carinho
A fiz esposa adorada

No altar nos pés de Deus
Jurou pra sempre me amar
E por sua vida inteira
Cuidar de mim respeitar
Jurei pra ela de corpo
E alma me entregar

No início foi beleza
Tínhamos amor profundo
Éramos muito felizes
O casal mais lindo do mundo
Eu era muito feliz
Disto eu não me confundo.

Mas esta felicidade
Durou pouco pra acabar
Pois eu fui muito ingênuo
Para nela acreditar
As mentiras que me disse
E fingindo me amar

Meus amigos me falavam
Mas eu não acreditava
Que meu amor me traía
Mas eu nada escutava
Fechava os meus ouvidos
E logo me retirava

Mas em um certo dia eu
Na minha casa a flagrei
Fazendo amor com outro                                                                                                                                                                       Mas quando os avistei
Eu fiquei louco da vida
Quase não me segurei

Você jamais imagina
A situação que fiquei
Ao descobrir que fui traído
Por quem eu tanto amei.
O mundo caiu sobre mim
Por pouco não a matei

Mas Deus ficou ao meu lado
Não me deixou fazer besteira
Deu-me forças suficiente
Pra não cometer asneira
Aquela falsa destruiu
A minha vida inteira.

Naquele momento eu
Pra fora de casa botei
Por mais que eu a amasse
A traição não tolerei
O que ela fez comigo
Eu jamais esquecerei

Daquela hora por diante
A vida pra mim acabou
Não tive mais paz na vida
Meu tormento começou
Olhe para eu e veja
A situação que estou

Tentei de todas as maneiras
Aquela mulher esquecer
Para não lembrar mais dela
Eu comecei a beber
É inútil, quanto mais bebo,
Mais aumenta meu sofrer.

Muitos me aconselharam
Pra eu largar da cachaça
Que eu estou me destruindo
Por causa duma palhaça
Que sem nenhuma compaixão
Arremessou-me na desgraça.

Eu sei que estou errado
Por desta forma proceder
Tento mas é impossível
Desta ingrata esquecer                                                                                                                                                                              Como não esqueço dela
Tudo que faço é beber.

Eu não amo mais ninguém
Outra mulher eu não quero
Ela eu não quero mais
Eu estou sendo sincero
Beber é o meu refúgio
Enquanto a morte espero.

Olhe para mim amigo
Veja minha situação
Enquanto esqueci de mim
Dei pra ela meu coração
Hoje sou um bobo alcoólatra
O fruto duma traição.

Quem sou hoje eu não seu
Nem lembro quem fui outrora
Pra mim tudo tá escuro
Sequer me vejo agora
Que será do meu futuro
Se fico ou vou embora.

Ela acabou comigo
Ela me desmoralizou
Ela destruiu meus sonhos
Com traição me derrotou
Fez de mim o que bem quis
Ela jamais me amou.

Hoje eu não sou ninguém
Sem lar sem uma paixão
Nos meus olhos só há tristeza
E ódio no meu coração
Sou apenas um bebum
Nos braços da solidão.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

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