sábado, 21 de abril de 2012

1.022 – DA MINHA VIDA NO PASSADO HOJE SÓ RESTA LEMBRANÇA.

Autor; Erivaldo Alencar.

Letra; 20 09 2009 e música; 20 12 2009.


Eu fui um menino pobre
Nascido lá no sertão
De uma criação nobre
E de um bom coração
Pelos meus pais fui mimado
E muito bem educado
Eu cresci na abonança
Garoto avantajado
Da minha vida no passado
Hoje só resta lembrança

Eu brinquei no juazeiro
Com meus irmãos e amigos
Que tinha lá no terreiro
Sem temer qualquer perigo
No juazeiro eu subia
Juá maduro comia
Até encher minha pança
Às vezes fui espinhado
Da minha vida no passado
Hoje só resta lembrança

O meu pé de cajarana
Plantado quando nasci
Uma árvore bacana
Pra subir nela corri
Na moita do mofumbeiro
Abrigava o poleiro
O galo fazia festança
Com as galinhas ao seu lado
Da minha vida no passado
Hoje só resta lembrança

As canafístulas também
Que a casa rodeava
Do murundu lembro bem
Onde a gente brincava
O meu pé de aroeira
No baixo da capoeira
Foi feito sua matança
Cortado pelo machado
Da minha vida no passado
Hoje só resta lembrança

A casa que eu nasci
Feita de barro e cipó
Lá minha infância vivi
Nela tinha um caritó
Um alpendre em sua frente
Virada para o nascente
Sempre havia festança
Como era tou lembrado
Da minha vida no passado
Hoje só resta lembrança

Cedo eu me levantava
Para o leite tirar
O bezerro arriava
Pouco deixava mamar
Eu tomava sem demora
Leite mugido na hora
Sem mentira sem lambança
Na lida fui destacado
Da minha vida no passado
Hoje só resta lembrança

Cedo eu pegava o pote
Para água ir buscar
No açude de magote
Nós íamos nos banhar
Tirávamos todo grude
Brincando lá no açude
Fazendo grande festança
O atravessava a nado
Da minha vida no passado
Hoje só resta lembrança

Dávamos pulo de ponta
Brincava de capoeira
Aquele tempo remonta
Tantas outras brincadeiras
Do trisca do casamento
No maneiro pau fui atento
O São Gonçalo que dança                                                                                                                                                                                                           De anel e namorado
Da minha vida no passado
Hoje só resta lembrança.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário