Autor: Erivaldo Alencar.
Letra: 17 02 2024.
Eu cheguei aqui na praça
Nos degraus fui me
sentando
Da calçada da igreja
Eu fiquei observando
O movimento intenso
Carros e motos passando.
Ninguém nada me comprando
O que tenho pra vender
Picolés e coberturas
Até dar pra esvanecer
Pois não vendendo não
ganho
Sem ganhar que vou fazer.
Pra comprar o que comer
Vou precisar de dinheiro
Se dinheiro eu não tenho
Que será do brasileiro
Trabalhar e não ganhar
É dureza companheiro.
Eu não vim do estrangeiro
Eu sou filho desta terra
Nascido lá no sertão
Pertinho da grande serra
Vim pra cá pra trabalhar
E jamais pra fazer guerra.
O poeta aqui não erra
Estou falando a verdade
Eu deixei o meu sertão
Para morar na cidade
Na esperança de vencer
A fome e a dificuldade.
Sonhava e tinha vontade
De um dia vencer na vida
Más aqui é diferente
As minha terra querida
Sonhos viraram ilusões
Uma aventura perdida.
Nesta estrada tão cumprida
Vou nutrindo a esperança
De um dia melhorar
Inda tenho confiança
É crise encima de crise
Neste rol pobre é quem
dança.
Todos dias há mudança
Buscando vida melhor
Comendo o que o diabo
amassa
Quem mais sofre é o menor
Más cada dia que passa
A vida fica pior.
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