Autor: Erivaldo Alencar.
Letra: 25 01 2016 e
música:
Sou um cara inteligente
Mas eu não aprendi nada
Sou poeta de bancada
Mas não sei cantar repente
Sou poeta escritor
Meu pai que foi cantador
Fazer versos me ensinou
Aprendi a profissão
Mas não toco violão
Porque eu sou, mas não
sou.
Sou sábio, mas não sei
nada
Sou poeta, mas não canto
Choro sem derramar pranto
Não ando sem dar topada.
Sou sadio e sou doente
E brigo sem ser valente
Minha coragem acabou
Hora sou fraco hora forte
Tou no sul, mas sou do
norte
Porque eu sou, mas não
sou.
Sou cara trabalhador
Mas nunca vou pro trabalho
Eu tento ir, mas me
encalho
Gosto, mas não dou valor.
Amo, mas não sou amado.
Eu faço verso rimado
Que a ninguém agradou
Sou culto autodidata
Só ando de alpargata
Porque eu sou, mas não
sou.
Sou um artista sem arte
E sou um crente sem fé
O que é não sei se é
Se faço ou não faço parte
Existo não sei se existo
Não sei se vou ou desisto
Só sei que o tempo passou
Se creio ou deixo de crer
Se vejo ou deixo de ver
Porque eu sou, mas não
sou.
Francisco Erivaldo Pereira
Alencar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário