Autor: Erivaldo Alencar.
Letra: 07 01 2016 e
música;
Quando eu vejo a chuva
Caindo e molhando o chão
Os meus olhos lacrimejam
Alegra-se meu coração
Muita vontade me dar
De voltar pro meu sertão.
Sair correndo feito louco
E pegar uma carroça
Para deixar a cidade
Voltar ligeiro pra roça
Com pés descalços na lama
Rever a velha palhoça.
Plantar milho e feijão
Algodão e melancieira
Atravessar rio cheiro
E descer na ribanceira
Pegar espumas com as mãos
Banhar-me na cachoeira.
Sair gritando bem alto
Para todo mundo ouvir
Pra verem que estou
contente
Com a lama me divertir
Rolar na terra molhada
Esbravejar e sorrir.
Eu quero adentrar as matas
Bem distante dos caminhos
Sentir o cheiro do mato
Sem ter medo de espinhos
Por os joelhos no chão
E cantar com os passarinhos.
Quero sentir o orvalho
Molhar meu corpo inteiro
Andar na selva fechada
E subir no juazeiro
Depois me deitar na relva
Rolar no despenhadeiro.
Ao ver a terra molhada
Pulsa o meu coração
Saudade vara meu peito
Do meu querido torrão
Quanta vontade me dar
De voltar pro meu sertão.
Francisco Erivaldo Pereira
Alencar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário