domingo, 24 de novembro de 2024

3.279 - PRA SEMPRE LEMBRAR.

 

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra: 15 11 2024.

 

 

Há me dera agora

Ir lá para meu sertão

Rever todos meus parentes

E lhes apertar a mão

Sobre pedras e espinhos

Percorrer velhos caminhos

Descalço de pés no chão.

 

Rever meu velho rincão

Em meu cavalo cavalgar

Dar um aboio saudoso

Voltar a lida com gado

Andar pela verde selva

Depois me deitar na relva

E adormecer sossegado.

 

Rever meu berço amado

Curtir a minha vontade

Ao canto da passarada

Matar a minha saudade

Sentir ao cair da noite

O vento fazendo açoite

Eu gritando liberdade.

 

Perante a comunidade

Adentrar a verde mata

Com amigos e parentes

Tomar banho de cascata

Nas noites de chuva fina

Na janela uma menina

Ouvindo uma serenata.

 

Majestosa cor de prata

Lua no céu a vagar

As estrelas ofuscando

No firmamento a brilhar

A brisa varrendo a terra

A mãe da lua na serra

Saudosamente a cantar.

 

Na madrugada acordar

Ao cantar da passarada

Ao raiar dum novo dia

A bicharada animada

Canta o galo no poleiro

Ladra o cão no terreiro

Despertam a meninada.

 

 

 

Levantar de madrugada

Comigo a imaginar

Daqui não posso sair

Mas sem lá puder ficar

A memória do passado

Deixar no peito guardado

Pra sempre puder lembrar.

 

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

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