Autor: Erivaldo Alencar.
Letra: 15 11 2024.
Há me dera agora
Ir lá para meu sertão
Rever todos meus parentes
E lhes apertar a mão
Sobre pedras e espinhos
Percorrer velhos caminhos
Descalço de pés no chão.
Rever meu velho rincão
Em meu cavalo cavalgar
Dar um aboio saudoso
Voltar a lida com gado
Andar pela verde selva
Depois me deitar na relva
E adormecer sossegado.
Rever meu berço amado
Curtir a minha vontade
Ao canto da passarada
Matar a minha saudade
Sentir ao cair da noite
O vento fazendo açoite
Eu gritando liberdade.
Perante a comunidade
Adentrar a verde mata
Com amigos e parentes
Tomar banho de cascata
Nas noites de chuva fina
Na janela uma menina
Ouvindo uma serenata.
Majestosa cor de prata
Lua no céu a vagar
As estrelas ofuscando
No firmamento a brilhar
A brisa varrendo a terra
A mãe da lua na serra
Saudosamente a cantar.
Na madrugada acordar
Ao cantar da passarada
Ao raiar dum novo dia
A bicharada animada
Canta o galo no poleiro
Ladra o cão no terreiro
Despertam a meninada.
Levantar de madrugada
Comigo a imaginar
Daqui não posso sair
Mas sem lá puder ficar
A memória do passado
Deixar no peito guardado
Pra sempre puder lembrar.
Francisco Erivaldo Pereira
Alencar.
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