sábado, 16 de novembro de 2024

3.275 - NO BAIÃO DA GEMEDEIRA.

 

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra: 12 11 2024.

 

 

Geme a mulher casada

Também geme seu marido

Geme a filha idolatrada

Também o filho querido

Geme a moça vitalina

Ai ai iu ui

E o solteirão esquecido.

 

U já ouvi o gemido

Do homem trabalhador

Pra nascer om filho geme

E a mãe geme de dor

Geme o valente vaqueiro

Ai ai ui ui

Geme o agricultor.

 

Também geme o doutor

Quando sai pra medicar

Um paciente com dor

Na intenção de curar

Também geme o jogador

Ai ai ui aui

Sem dinheiro pra jogar.

 

Geme o cristão a orar

Co0m o joelho no chão

Geme o cara acidentado

Pedindo por compaixão

Desperado da vida

Ai ai ui ui

Geme o cara valentão.

 

Geme no ar o trovão

A chuva ao cair na terra

Geme a raposa no mato

E a onça lá na serra

Geme o caboré no toco

Ai ai ui ui

E quem tem filho na guerra.

 

Geme quem erra e não erra

E todos que o céu cobre

Geme aquele que deve

Geme o rico e o pobre

Geme o desocupado

Ai ai ui ui

E o que pensa ser nobre.

 

 

 

Geme aquele que descobre

Que na vida fez besteira

Geme o doente na cama

E a água na cachoeira

Quem ama sem ser amado

Ai ai ui ui

No baião da gemedeira.

 

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar

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