domingo, 22 de dezembro de 2024

3.289 - O MUNDO É DE TODOS NÓS.

 

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra: 22 12 2024.

 

 

Sei que o mundo não é meu

Como não é seu também

Não é meu, dele e nem seu

Ele não é de ninguém.

 

Diz que tem saber profundo

Mas não sabe donde vem

Quem não tem seu próprio mundo

São os que mais mundo tem.

 

Se acha superior

De tudo e todos senhor

Queres ter o mundo a sós.

 

Ele foi Deus quem criou

Sem distinção nos doou

O mundo é de todos nós.

 

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar

3.288 - O QUE QUERO DE VERDADE.

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra:  22 12 2024.

 

 

Aqui digo para todos

O que quero de verdade

Sem qualquer demagogia

Mentira nem falsidade

Ter paz e levar a paz

A toda humanidade.

 

Ter amor e dar amor

A todos seres da terra

Tratar todos por igual

Invés de promover guerra

Gritar alto: paz e bem

O imbecil quem se ferra.

 

Dar e receber carinhos

E amar e ser amado

Ajudar a quem precisa

Sem querer ser ajudado

Ensinar o bem viver

Sem querer ser ensinado.

 

Pregar a misericórdia

A fé e a fraternidade

O ensinamento de Deus

A toda humanidade

Partir com os que não tem

Doutrinar só a verdade.

 

Dizimar pra sempre a seca

A miséria extinguir

Acabar inundações

Só fartura existir

A ignorância e o ódio

Do planeta abolir.

 

Com a morte acabar

A briga e a violência

Assalto e corrupção

E pra sempre a imprudência

O medo e arrogância

Também a inconsciência.

 

Acabar com a doença

Por fim a deslealdade

Com a dor e o sofrimento

E tudo quanto for maldade

Sou sincero em dizer

O que quero de verdade.

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar


3.287 - NASCI PARA SER POETA.

 

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra: 22 12 2024.

 

 

Nasci para ser poeta

E não para ser profeta

Poesia me completa

Gosto de poetizar

Sou poeta escritor

Exímio pesquisador

No verso sou professor

Tô pronto pra versejar.

 

Não aprendi a tocar

Muito pouco sei cantar

Mas gosto de palestrar

Pra alunos na escola

Sou um cara inteligente

Escrevo faço repente

Minha poesia é descente

No verso ninguém me enrola.

 

Faço verso na bitola

Pois o poeta não cola

Não se afoga não atola

Conhece bem a matéria

Os meus versos são rimados

Corretos, metrificados

Corrigidos, aprovados

Pois comigo não há léria.

 

O dom corre em minha artéria

Pra versar não tiro féria

Sem orgulho nem pilhéria

Eu aproveito meu dom

Deus pai me presenteou

Com graça me abençoou

Dom poético me doou

Por ser gentio e tão bom.

 

Sou grato por este dom

Pra mim tem sido tão bom

Mais que isso só bombom

Nenhum poeta é pateta

Gosto daquilo que faço

Escrevo sem embaraço

Versando não ameaço

Nasci para ser poeta.

 

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar

3.286 - EU SOU FILHO DO NORDESTE.

 

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra: 22 12 2024.

 

 

Eu sou filho do Nordeste

Nascido no Comboeiro

Na terra do lavrador

Sou poeta brasileiro

Cearense cabeça chata

E filho de violeiro.

 

Eu sou o filho primeiro

Pelos meus pais fui amado

Em uma casa de taipa

Eu nasci e frui criado

As margens duma estrada

No meu torrão9 adorado.

 

Cresci lidando com gado

Naquela localidade

Meu pai me levou pra roça

Com cinco anos de idade

Aprendi lidar com a terra

Em nossa propriedade.

 

Durante minha mocidade

Na roça eu trabalhei

Aprendi todos ofícios

Das criações eu cuidei

E no meu cavalo branco

Na campina cavalguei.

 

Cabritos brabos peguei

Para a bicheira curar

Também cuidei das ovelhas

E as levei pra pastar

Botei mochilas e boqueiras

Pro cabritos não mamar.

 

Eu aprendi aboiar

E pelo nome eu chamava

Arreava a bezerrada

Leite das vacas tirava

Depois soltava o gado

E para o pasto levava.

 

Com meus irmãos eu tomava

Leite mugido na hora

Não há de que reclamar

A minha vida de outrora

Com saudade do passado

Meu pobre coração chora.

 

 

Sinto saudade agora

Da saborosa iguaria

Coalhada com rapadura

Do nascer do novo dia

Da sombria madrugada

Das aves em cantoria.

 

Do vento em harmonia

Balançando a verde mata

Massageando o meu corpo

E da lua cor de prata

Clareando o meu sertão

Em noite de serenata.

 

Da água lá na cascata

Descendo grande ladeira

Fazendo chuã chuã

Espumando a cachoeira

Grandes bolhas de espumas

Se desfaz na ribanceira.

 

No roço da capoeira

No trato do algodão

Na colheita despeitado

Quem seria o campeão

Só alegria reinava

Nas quebradas do sertão.

 

Na debulha do feijão

Eu sempre fui maior

Tinha bolo e café

Aplausos para o melhor

As vezes até tinha dança

Pra se sair da pior.

 

Sei que não sou o menor

Dos poetas brasileiros

Escolas que conheci

Foi roça e despenhadeiros

Amava ouvir cantorias

Duelos de violeiros.

 

Joguei bolas nos terreiros

Peteca e maneiro pau

As brincadeiras de rodas

Empalhei milho em jirau

Também brinquei de caretas

Trisca e pião dei o grau.

 

Eu ouvi o bacurau

Cantando lá no agreste

Descalço pisei espinhos

Voei no espaço celeste

Tenho orgulho em dizer

Eu sou filho do nordeste.

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar

domingo, 8 de dezembro de 2024

3.285 - FINALMENTE CHOVEU.

 

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra: 05 12 2024.

 

 

Finalmente choveu bem

Aqui em Acopiara

Des as três da madrugada

Em minha cidade cara

Uma chuva por acaso

A nossa gente animara.

 

Terra de beleza rara

A terra do lavrador

Vinha enfrentando uma seca

Um sol estarrecedor

Umidade muita baixa

Forte onda de calor.

 

Dou graças ao Criador

Poe aqui fazer chover

A terra está molhada

Mata vai enverdecer

O povo muito contente

Vai a deus agradecer.

 

Se assim permanecer

Logo vai criar pastagem

O gado vai engordar

Comendo nova pastagem

No inverno antecipado

A selva cria ramagem.

 

Sertão cria nova imagem

Com a chuva que aqui deu

O calor diminuiu

Um frio apareceu

Tudo isto só por que

Finalmente aqui choveu.

 

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar

segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

3.284 - E A CHUVA NÃO VEIO.

3.283 - MEU LEMA É VENCER VENCER.

 

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra: 02 12 2024.

 

Minha família não sabe

Que eu vivo muito doente

Para não causar transtornos

Eu finjo está contente

Os males que me afligem

Eu guardo pra mim somente.

 

Eu vivo por que sou crente

Que um dia vou me curar

Com a graça do criador

As dores vão se acabar

Que logo minha saúde

Com Deus vou recuperar.

 

Meus passos não vão parar

Vou continuar na lida

Vou vencer os desafios

Nesta estrada comprida

Voltando minha saúde

Voltarei ter boa vida.

 

A guerra não tá perdida

E logo hei de vencer

Sou forte e batalhador

Eu não vou esmorecer

A vitória é dos mais fortes

A guerra não vou perder.

 

O que eu tenho a dizer

Sou mais forte que a doença

Tudo na vida tem fim

Isto eu tenho por crença

Ir em frente e lutar

É que faz a diferença.

 

Vencer a própria descrença

É isto que vou fazer

Jamais me abaterei

Superarei podem crer

Diante dos desafios

Meu lema é vencer vencer.

 

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

domingo, 24 de novembro de 2024

3.282 - PALAVRAS QUE RIMAM COM GAIVOTA.

 

Autor; Erivaldo Alencar.

 

Letra: 24 11 2024.

 

 

As palavras que rimam com gaivota

São patota, anedota, idiota

Chacota, capota, Tota, bolota

Filhota, Maricota, abarrota.

 

Cambota, bota, amarrota, nota

Garrota, brota, encaixota, Mota

Devota, grota, ilhota, patriota

Novilhota, malota, agiota.

 

Adota, frota, rota, empacota

Sabota, desbota, microbiota

Borbota, boicota, apatriota.

 

Esgota, Cipriota, assintota

Aldeota, baleota, biota

Italiota, lajota, marmota.

 

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

3.281 - QUEM ME VER POR AI.

 

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra: 24 11 2024.

 

 

Pois quem me ver por ai

E pensa me conhecer

Se encontra equivocado

Não conhece meu viver

Eu sou apenas eu mesmo

Não o que pareço ser.

 

O meu modo de viver

Não corresponde à verdade

Nem sempre faço o que quero

Vou vivendo da vontade

De conquistar o que quero

Sem perder a humildade.

 

Creio na santa trindade

Também no poder da mente

Palavras boas atraem

Limpam nosso inconsciente

Enquanto palavras más

Mancha o peito do vivente.

 

Enfrento o sol ardente

Para vender picolé

Subo e desço ladeiras

Sem jamais perder a fé

De vencer na vida creio

Em Jesus de Nazaré.

 

Sei muito bem o que é

Querer fazer não puder

Condenar é muito fácil

Difícil é reconhecer

Heroísmo e virtudes

De quem luta pra crescer.

 

Existe alguém que me ver

E já tira a conclusão

Sou um coitado qualquer

Sem saber por que razão

Não pude vencer na vida

Vivo em má situação.

 

Viram as costa então

Arquitetam meu perfil

Pensam eu não saber nada

Me consideram hostil

Não querem saber quem sou

Se eu sou ou não gentil.

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

3.280 - TU MULHER DA MINHA VIDA.

 

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra; 24 11 2024.

 

 

Pedir pra você voltar

Mas você não me atendeu

Que de mim já esqueceu

Tem outro no meu lugar

Mandou-me outra procurar

Dizendo está feliz

Esquecendo o que te fiz

Para com outro morar.

 

Algum tempo se passou

Vivendo felicidade

Até que a infelicidade

Em sua porta chegou

Ai você despertou

E viu a realidade

Que a tua felicidade

Sem querer desmoronou.

 

Agora tu me aparece

Chorando pede perdão

Da tua ingratidão

Meu coração não esquece

Pois o homem que padece

Por uma mulher querida

É capaz de dar a vida

Mesmo por quem não merece.

 

Você feriu o meu ego

Machucou meu coração

Mesmo inda tendo paixão

Eu não sou doido nem cego

Inda te amo não nego

É difícil suportar

Não consigo perdoar

A dor que em mim carrego.

 

Portanto minha querida

Jamais vou te esquecer

Muito eu hei de sofrer

Nesta estrada tão comprida

Guardo no peito a ferida

Que jamais há de sarar

Com esforço hei de tirar

Tu mulher de minha vida.

 

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar

3.279 - PRA SEMPRE LEMBRAR.

 

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra: 15 11 2024.

 

 

Há me dera agora

Ir lá para meu sertão

Rever todos meus parentes

E lhes apertar a mão

Sobre pedras e espinhos

Percorrer velhos caminhos

Descalço de pés no chão.

 

Rever meu velho rincão

Em meu cavalo cavalgar

Dar um aboio saudoso

Voltar a lida com gado

Andar pela verde selva

Depois me deitar na relva

E adormecer sossegado.

 

Rever meu berço amado

Curtir a minha vontade

Ao canto da passarada

Matar a minha saudade

Sentir ao cair da noite

O vento fazendo açoite

Eu gritando liberdade.

 

Perante a comunidade

Adentrar a verde mata

Com amigos e parentes

Tomar banho de cascata

Nas noites de chuva fina

Na janela uma menina

Ouvindo uma serenata.

 

Majestosa cor de prata

Lua no céu a vagar

As estrelas ofuscando

No firmamento a brilhar

A brisa varrendo a terra

A mãe da lua na serra

Saudosamente a cantar.

 

Na madrugada acordar

Ao cantar da passarada

Ao raiar dum novo dia

A bicharada animada

Canta o galo no poleiro

Ladra o cão no terreiro

Despertam a meninada.

 

 

 

Levantar de madrugada

Comigo a imaginar

Daqui não posso sair

Mas sem lá puder ficar

A memória do passado

Deixar no peito guardado

Pra sempre puder lembrar.

 

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

sábado, 16 de novembro de 2024

3.278 - LIBERDADE.

 

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra: 15 11 2024.

 

 

Eu quero amor e paz

Carinho e liberdade

Pra que eu possa ir e vir

No sertão e na cidade

Liberdade de expressão

Pra fazer minha vontade.

 

Reivindico liberdade

Pra eu puder trabalhar

Pra ganhar o meu sustento

Sem eu ter que mendigar

Me divertir a vontade

Com a cabeça no lugar.

 

Liberdade pra cantar

E puder pregar o bem

Viver em sociedade

Sem depender de ninguém

Louvar ao Deus criador

Por toda vida amém.

 

Liberdade sem desdém

Para dar e ter amor

Para amar e sem amado

Com a graça do Senhor

Com direito a saúde

E viver em paz sem dor.

 

Com alegria e com humor

Viver com felicidade

Escrever os meus poemas

Buscando sempre a verdade

Pra viver como eu devo

Eu exijo liberdade.

 

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

3.277 - PRA PUDER SER RESPEITADO.

 

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra: 13 11 2024.

 

 

Quem você pensa quem é

Para nos outros mandar

Tu não és nada na vida

Para os outros dominar

Faça uma autoanálise

Procure se controlar.

 

Procure se enxergar

E veja que não é nada

Procure se corrigir

Busque mudar de estrada

Em toda sua existência

Tem levado vida errada.

 

Deixe a vida errada

Não faça ninguém sofrer

Reconheça os seus erros

E cumpra com seu dever

Saia do mundo do mal

Viva e deixa viver.

 

Mude o seu modo de ser

Não discrimine ninguém

Lava tua boca suja

Quando for falar de alguém

Nem pronuncie palavrões

Nem coisa que não convém.

 

Procure fazer o bem

Rogue a deus sabedoria

Fuja dos seus maus amigos

Busque boa companhia

Não se misture com gente

Que vive patifaria.

 

Acorde pra um novo dia

Perdoe pra ser perdoado

Viva e deixe viver

Busque manter ocupado

Não xingue se dê respeito

Pra puder ser perdoado.

 

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

3.276 - POR FALTA DE AMOR A VIDA.

 

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra: 13 11 2024.

 

 

O que está acontecendo

Com toda humanidade

Juro não tô entendendo

Por que de tanta maldade

Ninguém tem mais paciência

Poucos tem a consciência

Que a batalha está perdida

Fique sabendo você

Tudo isto só porquê

Por falta de amor à vida.

 

Veja na atualidade

O mundo pegando fogo

A triste realidade

A vida virou um jogo

Sem amor no coração

Não existe mais perdão

A família dividida

Para isto há um que

Tudo isto só porquê

Por falta de amor à vida.

 

Qualquer briguinha atoa

Termina em assassinato

A maldade rápido voa

E provoca desacato

O ódio e a imprudência

Traz a tona a violência

E a vida é desprotegida

Pode ser eu e ocê

Tudo isto só porquê

Por falta de amor à vida.

 

A ganância e a ambição

Já se transforma em guerra

É nação contra nação

Já não há mãos paz na terra

Em meio a tiroteios

Explosões e bombardeios

A nação é destruída

O amor destes cadê

Tudo isto só porquê

Por falta de a mor a vida.

 

Quando um sujeito pira

E já sai falando atoa

Logo inventa uma mentira

E maltrata uma pessoa

Sem motivo aparente

De sua vida descontente

Bestamente suicida

Este mal ele não vê

Tudo isto só porquê

Por falta de amor a vida.

 

 

++Por se achar superior

Nação invade nação

A cobiça e o desamor

Transforma em revolução

Numa invasão de terra

O povo briga, faz guerra

Pela terra prometida

Sai no rádio e na tevê

Tudo isto só porquê

Por falta de amor à vida.

 

Em uma festa qualquer

Cavaleiro é recusado

Já se espanca a mulher

E o tumulto é formado

Num assalto a mão armada

Uma vida é ceifada

Por uma bala perdida

Tira um alguém de você

Tudo isto só porquê

Por falta de amor a vida.

 

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar

3.275 - NO BAIÃO DA GEMEDEIRA.

 

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra: 12 11 2024.

 

 

Geme a mulher casada

Também geme seu marido

Geme a filha idolatrada

Também o filho querido

Geme a moça vitalina

Ai ai iu ui

E o solteirão esquecido.

 

U já ouvi o gemido

Do homem trabalhador

Pra nascer om filho geme

E a mãe geme de dor

Geme o valente vaqueiro

Ai ai ui ui

Geme o agricultor.

 

Também geme o doutor

Quando sai pra medicar

Um paciente com dor

Na intenção de curar

Também geme o jogador

Ai ai ui aui

Sem dinheiro pra jogar.

 

Geme o cristão a orar

Co0m o joelho no chão

Geme o cara acidentado

Pedindo por compaixão

Desperado da vida

Ai ai ui ui

Geme o cara valentão.

 

Geme no ar o trovão

A chuva ao cair na terra

Geme a raposa no mato

E a onça lá na serra

Geme o caboré no toco

Ai ai ui ui

E quem tem filho na guerra.

 

Geme quem erra e não erra

E todos que o céu cobre

Geme aquele que deve

Geme o rico e o pobre

Geme o desocupado

Ai ai ui ui

E o que pensa ser nobre.

 

 

 

Geme aquele que descobre

Que na vida fez besteira

Geme o doente na cama

E a água na cachoeira

Quem ama sem ser amado

Ai ai ui ui

No baião da gemedeira.

 

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar

domingo, 3 de novembro de 2024

3.274 - SOU POETA NORDESTINO BRASILEIRO.

 

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra; 03 11 2024.

 

Eu nasci pra ser poeta

Nordestino brasileiro

E vivo de escrever

Pra o povo do mundo inteiro

Versejo com consciência

Sou poeta verdadeiro.

 

Sou poeta verdadeiro

E vivo de versejar

Meus poemas são sadios

Todos podem escutar

Escrevo pro povo ler

Sem a ninguém difamar.

 

Sem, a ninguém difamar

Maltratar nem denegrir

Prego a paz não o ódio

Todos podem ler e ouvir

Poetizo sem sujeiras

Sem macular nem ferir.

 

Sem macular nem ferir

Escrevo sem causar dor

A saudade a amizade

Tanto o frio como o calor

O universo sideral

Carinho, fé e o amor.

 

Carinho, fé a o amor

A pureza e a verdade

Animais e minerais

O bem e a fraternidade

As coisas da natureza

O campo e a cidade.

 

O campo e a cidade

E as belezas do nordeste

A serras e as caatingas

O sertão e o agreste

O sertanejo bravio

De norte a sul leste oeste.

 

De norte a sul leste oeste

Conheço bem meu torrão

O aboio do vaqueiro

Poeira vermelha do chão

A dança do São Gonçalo

E a fogueira de São João.

 

A fogueira de São João

O dueto da cauã

O carão e o pescador

Lavandeira e jaçanã

Beleza da Asa-branca

 E o nascer do amanhã.

 

E o nascer do amanhã

O soprar do Aracati

Dueto das seriemas

Gemido do juriti

A vagareza do cágado

E o temido bem-te-vi.

 

E o temido Bem-te-vi

O canário e o jacu

O cantador de viola

O codorniz e o nambu

O gambá e a raposa

Cachorro, gato e tatu.

 

Cachorro, gato e tatu

O cavalo pantaneiro

Brava mulher nordestina

O tocador sanfoneiro

Orgulho por ser poeta

Nordestino brasileiro.

 

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar

3.273 - HOJE É MEU ANIVERSÁRIO.

 

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra: 03 11 2024.

 

 

Hoje é meu aniversário

Setenta e seis de idade

Mas inda tenho lembrança

Do tempo de mocidade

Quando morava no sítio

De nossa propriedade.

 

Para o bem da verdade

Guardo tudo na lembrança

Lembro tudo que passei

No meu tempo de criança

Lá na casa dos meus pais

Eu cresci na esperança.

 

Eu cresci com confiança

Dum dia vencer na vida

Busquei daqui e dali

Com a vida comprometida

Fiz de tudo pra alcançar

A vitória prometida.

 

Com setenta e seis de vida

Estou aqui para contar

Entre acertos e erros

Não pararei de lutar

A cada passos eu fico

Próximo a vitória alcançar.

 

Mais um ano a contar

Em toda minha existência

Entre vitórias e perdas

Trabalho com persistência

Crente na misericórdia

Do meu Deus da providência.

 

Reflito com consciência

De tudo o quanto fiz

Nada eu fiz por acaso

Mas buscando ser feliz

Mas nada tem sido fácil

Deixar de ser infeliz.

 

Contudo eu sou feliz

Mesmo tendo restrições

Na medida do possível

Em sonhos e ilusões

Quando as porta se fecharam

Deus me abriu os portões.

 

 

Em choros e orações

Acreditando vencer

Andando por bons caminhos

Ao bem do alvorecer

Veredei por pedregulhos

Buscando não me perder.

 

Por caminhos que trilhei

Deixei pegadas no chão

Quantas vezes que eu cai

Deus me pegou pela mão

Carregou-me em teus braços

Depois me deu a benção.

 

Eu digo de coração

Agradeço ao Criador

Por me dar o dom da vida

E me cuidar com amor

Me guiar por bons caminhos

E me fazer vencedor.

 

Sempre ouviu o meu clamor

Me atendeu com alegria

Inda me deu de presente

Dom de fazer poesia

Inteligência e saber

E de estar vivo neste dia.

 

Setenta e seis de alegria

Confiro no calendário

Muitas felicitações

Compõe meu rico cenário

Obrigado aos que deixarem

Um feliz aniversário.

 

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar


3.272 - O HOMEM QUE AMA DE VERDADE.

 

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra: 02 11 2024.

 

 

Pois o homem que ama de verdade

Não maltrata a sua mulher amada

Faz tudo pra tê-la por toda vida

E sem jamais olhá-la com maldade.

 

Quem ama não bate na pessoa amada

Não briga, não odeia , não difama

Tô certo que o coração de quem ama

Não faz chorar a mulher adorada.

 

Aquele que ama não desconfia

Invés de tristeza leva alegria

Não magoa nem também faz sofrer.

 

Não tem má fé e nem guarda rancor

Se entrega, dar carinho, dar amor

Amando que feliz se pode ser.

 

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar