Autor: Erivaldo Alencar.
Letra: 15 08 2021 e
música:
Eu fui um homenzarrão
Com cara de valentão
E espingarda na mão
Eu gostava de caçar
Buscava em que atirar
Deparei-me com um ninho
Nele tinha um passarinho
Eu atirei no bichinho
Mas não consegui matar.
Na profissão caçador
Destaquei-me, fui terror
Da fauna destruidor
Um perverso criminoso
Na minha pequena idade
Cometi barbaridade
Fui uma temeridade
Caçador impiedoso.
Matei muitos passarinhos
Eu destruí tantos ninhos
Indefesos os filhotinhos
Não tinham como fugir
Com pedrada e baladeira
Com espingarda certeira
Matava por brincadeira
Ninguém podia impedir.
Com bodoque fui terror
Com funda eu fiz horror
No ramo de caçador
Achava-me campeão
Na caça não tive igual
Ceifei vida animal
Eu ceifava vegetal
Sem amor sem compaixão.
Plantei a inimizade
Intriga e a desigualdade
Ódio e infelicidade
Rancor e desunião
Abusando da cachaça
Denegri fiz arruaça
Plantei o mal fiz trapaça
Discórdia e insurreição.
Assaltei violentei
Fiz macumba estuprei
Corrompi e enganei
E fiz discriminação
Humilhei e fiz maldade
Usei desonestidade
Manchei a sociedade
Provoquei poluição.
Fiz uso da violência
Dirigi com imprudência
Sem pudor e sem clemência
Na vida fui traidor
Eu violei o direito
Em tudo botei defeito
Fui um monstro sem
respeito
Do ódio fui pregador.
Chapéu quebrado na testa
Fechei bar acabei festa
Sei que o mundo me detesta
Pra mim isso era normal
Depois que envelheci
Ao bem me converti
Não ser mais eu decedi
Ser o cidadão do mal.
Francisco Erivaldo Pereira
Alencar.
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