sábado, 3 de outubro de 2015

1.882 - TOMADO DE DORES.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 03 10 2015 e música:


Com minhas pernas doendo
Quase não posso andar
Tou com meu corpo cansado
Pedindo pra descansar
Mesmo assim cheio de dores
Não é possível parar.

As minhas pernas doem tanto
Parece que estão quebrando
E contra minha vontade
Eu só ando capengando
Todas passadas que dou
Minhas pernas tou magoando.

Minha cabeça também dói
Uma dor tão pertinente
Não para nenhum instante
Faz distorcer minha mente
Quando penso está curado
Ela volta novamente.

Meus braços doem de mais
Quase não param de doer
É uma dor formigante
Aumentando meu sofrer
Deixando-me agoniado
Com vontade de correr.

As minhas Hérnias de discos
Fazem-me perder a calma
Eu não sei qual que dói mais
Parece doer na alma
São dores tão violentas
Que até já peguei um tralma.

Debaixo do pé esquerdo
Sinto uma dor queimando
Parece pisar em brasas
Acesas com vento soprando
Tem gente que acha ruim
Por que vivo reclamando.

Minha hemorróida também
Está me incomodando
Coça muito e vez em quando
Ainda fica sangrando
Que quando pego um peso
A peste fica estufando.

Por recompensa a bursite
Dói no meu ombro inteiro
Até caxingo dum braço
Não sou único nem derradeiro
Doença de gente rica
Deste torrão brasileiro.

O meu esporão de galo
Nunca para de doer
De tanto forçar o pé
Sinto uma dor de morrer
Enquanto não ficar bom
Vou continuar sofrer.

A diabete é alta
E de forma inconstante
Aumenta e diminui
É cruel e arrogante
Da forma que ela age
Até acho interessante.

Não é brincadeira não
Eu também sou hipertenso
Com tantas doenças assim
Há momentos que eu penso
Eu sou um cara sortudo
Pois nelas ando suspenso.

Me operei da apendicite
Digo sem constrangimento
Minha fez é mui difícil
Pois tenho estreitamento
Com tudo isto que sinto
Nem sei como aguento.

Tomo tudo que é remédio
Pra ter saúde normal
Mas os remédios não servem
Nem químico nem natural
Parece que estas drogas
Tão alimentando o mal.

Para poder trabalhar
Enfrento esses horrores
Nas horas quentes do dia
Nos mais terríveis calores
Vendo picolé nas ruas
Mesmo tomado de dores.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

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