Autor: Erivaldo Alencar.
Letra: 23 05 2015 e música:
O sol está muito quente
Parece queimar a gente
Com o seu calor ardente
Deixa o povo sufocado
Com a seca que nos detém
Sequer água aqui não tem
Banhar não posso também
O jeito é dormir suado.
O solo tá ressecado
O mato tá desfolhado
Criador preocupado
Sertanejo em desespero
Sertão é calamidade
Não tem água na cidade
Pro povo na comunidade
Falta alimento e tempero.
Este ano não choveu
Que se plantou não nasceu
E o que nasceu morreu
Coitado do agricultor
A seca a tudo consome
Gado morrendo de fome
Pastagem é só no nome
Hei Nordeste sofredor.
O povo vive a sofrer
Só o governo não ver
Se ver, mas não quer fazer,
Algo pra amenizar
Aonde está a ciência
Que já fez experiência
Mas faltou a competência
Pra puder chuva botar.
Na América do Norte
Uma nação muito forte
A ciência teve sorte
E fez chover colorido
Na década de sessenta
Governo daqui inventa
Fazer chover ele tenta
Só foi dinheiro perdido.
Eu morava no sertão
Quando tava de verão
Surgia um avião
Tentando fazer chover
Voava o dia inteiro
Sem encontrar nevoeiro
Nós olhando do terreiro
Sem a chuva acontecer.
As vezes quando chovia
Sentíamos alegria
Mas a chuva que caia
Não tinha nenhum proveito
A nuvem sem direção
Voava na contramão
Onde tinha plantação
Ficava do mesmo jeito.
Hoje diz que a ciência
Tem muito mais competência
Fizesse outra experiência
Equipando o nevoeiro
Volante nele botasse
Piloto que o guiasse
E água derramasse
Só no alvo verdadeiro.
A seca é causadora
De destruir a lavora
Só uma ação protetora
Pode acabar este mal
O governo tem poder
Se quiser pode fazer
No meu Nordeste chover
Chuva artificial.
Francisco Erivaldo Pereira Alencar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário