Autor: Erivaldo Alencar.
Letra: 05 05 2015 E música:
Há se eu tivesse o poder
Pra falar com o Criador
Pediria misericórdia
Pra o homem trabalhador
Pra mandar chuva urgente
Pro nordeste sofredor.
Mas eu sou um pecador
Não sei se mereço tanto
Não sei se é atrevimento
Da minha parte, porquanto.
Não posso ver o sofrer
De alguém que derrama pranto.
Enquanto em versos canto
O sofrer do nordestino
A seca tá muito grande
Parece coisa do destino
Pra reverter tudo isso
Só com a bênção do Divino.
Eu já não sou mais menino
Tenho histórias pra contar
Mas seca igual a esta
Porém, jamais vi passar.
Em sessenta e seis de vida
Mais outra que vou narrar.
A tendência é se agravar
Se a chuva não vier logo
O sol está causticante
E no calor me afogo
Pro inverno vir pro sertão
Ao Senhor Jesus eu rogo.
Súplicas ao Divino jogo
Contrito em oração
Que nosso Deus, pai eterno.
Tenha de nós compaixão
Leve a seca e mande chuva
Pra fazer água no chão.
Já morreu a plantação
Porque a chuva faltou
Somente caiu neblinas
Que nem a terra molhou
O açude de água doce
Não resistiu e secou.
A pastagem acabou
Em quase todo sertão
Dinheiro também não há
Pra puder comprar ração
Sem a água e sem pastagem
Como sofre a criação.
É triste a situação
Do criador e agricultor
Ver a plantação secar
Seu peito encher de dor
A criação morrer de fome
Não existe maior clamor.
Portanto rogo ao Senhor
Sua bênção salvadora
Faça chover com urgência
Com sua graça protetora
Acabe de uma vez por toda
Esta seca desoladora.
A seca devastadora
Não dar mais pra suportar
Sem água, alimento e pasto.
A vida vai se acabar
Sem chuva o meu nordeste
Vai se desertificar.
Esta seca veio acabar
Com a criação e a lavora
A água em carro pipa
A solução salvadora
Suplico Senhor acabe
Com a seca devastadora.
Francisco Erivaldo Pereira Alencar.
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