Autor: Erivaldo Alencar.
Letra: 04 10 2020 e
música;
Eu nasci no Ceará
Lá no sítio Comboeiro
Cidade de Acopiara
Sou cidadão brasileiro
Sou poeta escritor
E filho de violeiro.
Meu pensar é verdadeiro
Tenho boa intuição
Eu conclamo os companheiros
Nunca fugir da razão
Juntos com unhas e dentes
Preservar a tradição.
Pois em nossa região
Nós temos uma cultura
A profissão do repente
Exercida com bravura
Por cantador repentista
Com inteligência e
postura.
Feita com desenvoltura
A arte da cantoria
Repentes feitos na hora
Com estrutura e maestria
Autênticos cantadores
Em versos dão garantia.
Eu faço apologia
A arte da inteligência
Pra poder fazer repente
Precisa ter competência
O repente está presente
Em toda nossa existência.
É dom da onipotência
Uma ciência completa
Pra poder fazer repente
É preciso ser poeta
Um cantador é um sábio
Com inspiração repleta.
No mundo não se deleta
Dom de fazer poesia
É cultura nordestina
A arte da cantoria
Preservar o que é nosso
Minha maior alegria.
Cantoria é alegria
É cultura nordestina
Dezenas de modalidades
Em estrofe repentina
Remada metrificada
Em oração de rotina.
Com inspiração domina
A livre literatura
Esbanja conhecimento
Com esboço e desenvoltura
No improviso e na escrita
Poesia é cultura.
Em noite clara e escura
Cantador se faz presente
Em palco ou pé de parede
O cantador faz repente
Em motes ou desafios
Alegra o peito da gente.
O repentista é valente
Todos podem perceber
Sem o apoio necessário
Nunca vai desvanecer
Juntos jamais deixaremos
Nossa cultura morrer.
A cantoria defender
É nossa obrigação
Com recursos ou sem
recursos
Lutemos de coração
Todos nós temos o dever
Preservar a tradição.
Francisco Erivaldo Pereira
Alencar.
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