Autor: Erivaldo Alencar.
Letra: 25 07 2019 e música;
Eu não nasci pra cantar
E nem pra ser violeiro
Sou poeta brasileiro
Que nasceu pra versejar
Sei que sei poetizar
E descrever meu rincão
Eu sou filho do sertão
Mas moro aqui na cidade
Digo com sinceridade
Lá se vai dez a quadrão.
Sou amigo da verdade
Aqui não há cara feia
Pobre só vive na peia
Fora da sociedade
A minha grande vontade
É morar lá no sertão
Longe da poluição
Tranquilamente viver
Feliz da vida dizer
Lá se vai dez a quadrão.
Sei que um dia hei de
morrer
Mas não é isto que quero
A coisa que mais venero
É a ciência do saber
Não é bastante querer
É preciso um empurrão
Buscar a educação
Fora ou dentro da escola
Minha caneta desenrola
Lá se vai dez a quadrão.
Tiro verso da cachola
Para todo mundo ver
Versando faço chover
Dedilhando minha viola
A mim ninguém não enrola
Pego trovão com a mão
Relâmpago dou chutão
Faço a terra estremecer
De nada vou esquecer
Em lá se vai dez a
quadrão.
Quando começo a escrever
Não desejo mais parar
Como eu não sei cantar
Escrevo para o povo ler
Eu já pude perceber
Com a falta de atenção
Do governo da nação
Com o artista brasileiro
Que precisa de dinheiro
Lá se vai dez a quadrão.
O artista sem dinheiro
É difícil de crescer
Sem nada poder fazer
Mas buscando o tempo
inteiro
Eu não sou o derradeiro
A sofrer esta humilhação
Digo com insatisfação
Lá sevai dez a quadrão.
Coitado do violeiro
Que não tem uma viola
De um atleta sem bola
Sem campo e sem terreiro
Coitado do brasileiro
Sem nenhuma profissão
Que pra ganhar um tostão
Derrama o suor do rosto
Chorando diz com desgosto
Lá se vai dez a quadrão.
O sertanejo é disposto
Que trabalha no sol quente
Vendo o futuro na mente
Vai pra casa vai ao sol
posto
Coisa que me dar desgosto
O mal da corrupção
O mar com poluição
Ver sofrer uma criança
Clamo a Deus com esperança
Lá se vai dez a quadrão.
Em Deus tenho confiança
Que Ele vai me ajudar
Meus pecados perdoar
Me confortar em bonança
Minha maior esperança
É vencer na profissão
Tendo de Deus a benção
Como poeta escritor
E me sagrar vencedor
Lá se vai dez a quadrão.
Francisco Erivaldo Pereira
Alencar.
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