Autor: Erivaldo Alencar.
Letra: 26 10 2014 e música:
Já estou me aproximando
Do lugar onde nasci
Completamente abandonada
O lugar onde cresci
Nem sequer existe mais
As casas onde vivi.
A velha casa de taipa
O meu berço natural
Foi-se levando com ela
O terreiro e o quintal
Não há ovelhas nem cabras
Nem chiqueiro nem curral.
E a casa de tijolos
No ano trinta construída
Foi o meu segundo lar
Onde passei parte da vida
Também não existe mais
Sem razão foi demolida.
Ao rever o meu lugar
Recordações dão demais
Lágrimas caiem dos olhos
Com saudade dos meus pais
As terras tem outros donos
E os meus pais não vivem mais.
Eu avisto um touro morto
Num terreno descampado
Porque morreu eu não sei
Talvez por ser mau cuidado
Exalando mau odor
Por urubus é tragado.
Mas na terra é assim
Nada tem vida infinita
Por desprezar meu lugar
A lembrança me irrita
Com desprezo a inscreveram
No rol de terra maldita.
Francisco Erivaldo Pereira Alencar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário