Autor; Erivaldo Alencar.
Letra; 22 01 2014 e música;
Citarei neste poema
Alguns adágios conhecidos
Como ditos populares
Soam bem em nossos ouvidos.
Existem muitas pessoas
Em suas manifestações
Recorrem aos adágios
Pra melhores explicações.
Pra encaixar na poesia
Fiz algumas alterações
Quanto aos significados
São de vocês as traduções.
Pois nem todos são corretos
Mas merecem serem citados
Como poeta, vou trazê-los.
Nos próximos versos rimados.
Pois o pau que nasce torto
Não tem jeito morre torto
Porém o baiano burro
Garanto que nasceu morto.
Vai se o anel fica o dedo
Mato a cobra mostro pau
Não mau que não traz o bem
Nem o bem que não traz o mau.
Quem com muitas pedras bole
Uma escapole e cai na cabeça
Não há esquecido que não lembre
Nem lembrado que não esqueça.
Aí é onde a porca torce
O rabo se não for bicó
Pois tudo que sobe, desce.
Corda sem ponta não dar nó.
Aquele que diz que não mente
Está mentindo sem querer.
Uma andorinha sozinha
Não faz verão nem chover.
Questão de gosto não se discute
Quem tem ciúmes quer bem.
Quem quer vai quem não quer manda.
Fazei o bem sem ver a quem.
Ver um cisco nos olho dos outros
E não ver uma trave nos seus.
Nem tudo que entra sai
Quem dar os pobres empresta a Deus.
Criança que não chora não mama
Quem tem boca vai a Roma.
Sempre caberá mais um
Quando se usa Rexona.
Dinheiro em mão de pobre
É igual capim pegando fogo.
Quem tem medo de perder
Nunca deve entrar no jogo.
Aquele que diz o que quiser
Vai ter de ouvir o que não quer.
E quem tem medo de ser corno
Não deve arranjar mulher.
Quem não arrisca não petisca
A dor ensina gemer
As formigas criam asas
Quando querem se perder
Porém quem não pode com pote
Não deve pegar na ródia
A voz do povo é a voz de Deus
E quem ama não judia.
Pois o gato escaldado
Até de água fria tem medo
Pobre não vive, vegeta.
Para deus não há segredo.
Não queira brincar com fogo
Pra depois não se queimar.
Donde se tira e não se bota
Cedo ou mais tarde vai secar.
O melhor medicamento
Pra cavalo velho é capim novo
Filho de gato, gatinho é.
Já estar na boca do povo.
Quem planta o mau colhe o mau
Quem planta o bem colhe o bem.
Quem muito fala muito erra.
Dormiu na estação, perdeu o trem.
É melhor um pássaro na mão
Do que dois pássaros voando.
Aquele que tudo quer
Sem nada termina ficando.
Diz-me com quem tu andas
Que te direi quem tu és.
Quando terminar o banho
Lembre-se de lavar os pés.
Água mole em pedra dura
Tanto bate até que fura.
Namorar viúva é bom
Mulher casada é loucura
É grande igual coração de mãe
Onde há fumaça há fogo
Nadou, nadou e morreu na praia.
Onde há bola tem jogo.
Uma mãe é para três filhos
Três filhos não é pra uma mãe só.
Tudo de mais é veneno
Ele fechou o paletó.
O pouco com Deus é muito.
O muito sem Deus Não é nada.
O pobre só vai pra frente
Quando leva uma topada.
O pior cego não é o cego
Mas aquele que não quer enxergar.
Dinheiro não traz felicidade
Mas bem que pode ajudar.
A mentira tem pernas curtas
No começo ela prevalece
Mas quando a verdade chega
A mentira desaparece.
Se ficar o bicho come
E se correr o bicho pega.
Todos dizem que a sorte é cega
E que onde ela bate aprega.
É melhor viver sozinho
Do que mau acompanhado.
Jamais haverá segredo
Que nunca seja revelado.
A morte não marca a hora
E nem faz descriminação.
Quando uma porta se fecha
Outras porta se abrirão.
Quanto mais alto for o pau
A queda será muito maior.
Um é pouco, dois é bom,
E três é muito melhor.
O diabo quando não vem
Manda o seu secretário
Pobre só muda de ano
Pobre não tem aniversário.
Melhor perder um minuto na vida
Que perder a vida num minuto.
Enquanto eu fugir de brigas
A minha não bota luto.
Quem guarda comida com fome
Vem o gato faminto e come
Não há comida ruim
Quando se está com fome.
Quem ver a casa dos outros
Esquece de ver sua.
Quem tem o rabo de palha
Não toca fogo no dos outros
O preguiçoso trabalha
Mais do que o trabalhador
O mundo é a escola
E o tempo o professor.
O respeito é muito bom
Eu gosto e conserva os dentes.
Melhor ser pobre e ter saúde
Que ser rico e ser doente.
Brasileiro só fecha a porta
Só depois que ele é roubado.
Sonhar dormindo é bom
Melhor é sonhar acordado.
Não vá baldear a água
Pra depois não ter que beber.
Não bote lenha na fogueira
Para queimado não morrer.
Aquele que com ferro fere
Com ferro será ferido
O prato oferecido
Está podre ou fedido.
A poesia está
Nos ares, terras e mares.
Foi gratificante citar
Alguns adágios populares.
Francisco Erivaldo Pereira Alencar.
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