Autor; Erivaldo Alencar.
Letra; 20 07 2011 e música; 25 12 2011.
Outro dia viajei
Pra conhecer outra terra
Atravessei uma serra
E lá de cima avistei
Uma pequena cidade
Com muita hostilidade
Derrubaram-me na grama
Passei direto pelo fosso
Fui cair dentro do poço
E fui coberto com lama.
Quando eu era menino
Com os meus irmãos brincava
Perto da casa queu morava
Tinha um menino granfino
Chegando de supetão
Já me deu um empurrão
De molenga ganhei fama
Corri fazendo alvoroço
Sem ver eu caí no poço
Me afogando na lama
Outro dia eu andava
Na rua com um amigo
Sem saber que o perigo
Em volta de mim rondava
E sem olhar para o chão
Defronte uma construção
Também passei por mau drama
Ao tentar pular um fosso
Caí no fundo do poço
E fui coberto com lama.
Outra vez eu escutei
Uma grande chocalheira
Saí a toda carreira
E nos baixios avistei
O gado na legumada
Quando tangi a boiada
Notei que entrava na rama
Eu entrei em alvoroço
Tropiquei caí no poço
Melei o corpo com lama.
Eu me deitei numa rede
Pensando em descansar
Para poder me balar
Sentei o pé na parede
Ouvi da corda um estalo
Aproveitando o embalo
Da rede que se aparrama
Eu dei um salto colosso
E caí dentro do poço
Fiquei coberto com lama.
Um dia eu fui caçar
Quando entrei na verde mata
Ao chegar numa cascata
Já fui logo me banhar
Na pedra que eu pisei
Tava lisa escorreguei
A minha pança se derrama
Tentei segurar num osso
Escapuli caí no poço
Finquei a cara na lama.
Cansado de trabalhar
Busquei outra profissão
No ramo de valentão
Me preparei pra brigar
Na primeira confusão
Me deram um bofetão
Caí arrancando grama
Apareceu outro moço
Me jogou dentro do poço
Me fazendo comer lama.
Dei um de conquistador
Fui cantar uma pequena
Cheguei perto da morena
E lhe chamei de amor
Mal pude falar com ela
Surgiu o marido dela
Seu ódio em mim derrama
Golpeando o meu pescoço
Jogou-me dentro do poço
Bebi água e comi lama.
Ainda não entendi
Porque sou tão azarado
Pela sorte condenado
Só para sofrer nasci
De tanto apanhar na vida
Eu procuro uma saída
Para fugir desse drama
Farei um plano colosso
Pra não mais cair no poço
Nem mais me sujar lama.
Francisco Erivaldo Pereira Alencar.
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