quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

440 – CACHAÇA MATA MAIS UM

Autor; Erivaldo Alencar.

Letra; 28 12 2003 e música; 20 06 2004.


Foi no dia vinte e seis
Dezembro era o mês
Lá na Fazenda Pereiro
Do ano dois mil e três

Às quatro horas da tarde
Seu corpo foi encontrado
Bêbado e no sol quente
Foi morto asfixiado

Com um celular ao lado
Sem mais tempo pra beber
Num caminho abandonado
Sem ninguém pra socorrer.

Aos cinqüenta e nove anos
O meu tio nos deixou
Viciado foi mais um
Que a cachaça matou.

Pobre mas trabalhador
Sempre tomava cachaça
Sem perceber que a tal
Só lhe trazia desgraça.

Desprezou a própria vida
Pra ser mais um viciado
Sem aprovo dos seus filhos
Preferiu viver jogado

Ele não foi o primeiro
Último não há de ser
Muitos papudinhos inda
Bêbados hão de morrer.

Dizem que quem bebe morre
Quem não bebe morre também
A cachaça ta matando
E ninguém mais a detém.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

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