domingo, 28 de agosto de 2016

2.065 - NASCI PRA FAZER VERSOS.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 28 08 2016 e música:


Eu nasci pra fazer versos
Em qualquer hora e lugar
Neste mundo de perversos
Sem ter medo de errar.

Percorro campo e cidade
Descrevendo minha história
Rimo com facilidade
Na busca duma vitória.

Versando falo de tudo
Nem apanhando não mudo
Na busca de universos.

Em qualquer situação
Poetizo pro povão
Pois nasci pra fazer versos.



Francisco Erivaldo Alencar.

sábado, 27 de agosto de 2016

2.066 - MINHA VIDA NO SERTÃO

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 27 08 2016 e música:


Com orgulho me disponho
Narrar sobre o meu sertão
Pois foi lá que eu nasci
E o guardo no coração
Terra de povo bravio
Meu berço minha paixão.

De falar do meu sertão
Eu me sinto orgulhado
Pra falar de seus costumes
Estou mui bem preparado
Só vou narrar à verdade
Do meu bom torrão amado.

Ainda estou lembrado
Do que por lá se passava
Na vida do sertanejo
Da forma que se educava
Pra garantir seu sustento
Na lavora trabalhava.

Muito bem me alimentava
Comendo feijão com pão
Com toicinho ou rapadura
Era o almoço no sertão
E para melhorar mais
Mamãe fazia capitão.

O mungunzá no sertão
Com feijão ou fava fazia
Com torresmo ou fígado
De porco a gente comia
Puro ou feito farofa
Que belíssima iguaria.

Cedo milho eu moía
Pra poder angu fazer
Com leite de vaca ou cabra
Pra com meus irmãos comer
Com rapadura ou carne assada
Nossa barriga encher.

Eu jamais vou esquecer
O que comi no sertão
Porque da massa do milho
Também se fazia o pão
Com a rapadura preta

Para a merenda então.

No moinho ou no pilão
Também fazia xerém
Pra ração pros pintos e
Baião de chapada também
Com feijão e com toicinho
Eu comia muito bem.

Inda lembro muito bem
De uma boa iguaria
Canjica do milho verde
Que a minha mãe fazia
Com açúcar ou rapadura
Com leite a gente comia.

A pamonha se fazia
Adoçada ou com sal
Também se comia pura
Mas com leite era legal
E às vezes por mistura
Para nós era normal.

Não há coisa mais legal
Que fazer o eu se adora
Tirava o leite das vacas
E ali mesmo sem demora
Com apetite eu bebia
Leite mugido na hora.

Pra tudo se tinha a hora
Não podia se atrasar
Levava o gado pra roça
As cabras para pastar
Mas quando era a tardinha
Eu tinha de ir buscar.

Ao terminar de almoçar
No sol quente ao derreter
Pegava os animais
Os levava pra beber
Depois ia pro trabalho
Só voltava ao anoitecer.

O que eu tinha por lazer
Era jogar futebol
Lá no terreiro e no campo
Até o apagar do sol
Pescava de landuá
Galão, tarrafa e anzol.

Cedo pegava o lençol
Para catar algodão
Plantava milho e arroz
Melancia e feijão
O trabalho sempre foi
Minha vida no sertão.

Francisco Erivaldo Pereira Alencar

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

2.064 – REDEMOINHO.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 24 08 2016 e música:


Um grande redemoinho
Passou hoje por aqui
Levando folha e espinho
Dispersando por aí.

Arregaçando a mata
Fazendo muita poeira
Formou com entulho e lata
Um intenso nevoeiro.

Eu fiz o sinal da cruz
E em nome de Jesus
Lhe ordenei sem demora.

Redemoinho atrevido
Deixe de ser enxerido
Obedeça e vai embora.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

2.063 - DA VIDA NO SERTÃO.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 14 08 2016 e música:


Neste poema descrevo
Um pouco do meu sertão
Da minha terra querida
Que amo de coração
Das veredas que trilhei
Descalço de pés no chão.

Inda lembro com saudades
Do tempo que eu campeava
Montado no meu cavalo
No matagal adentrava
Lá nas quebradas da serra
Melosa no peito levava.

Inda guardo na memória
Quando a minha mãezinha
Cedo preparava o lanche
Escaldado de farinha
Almoço feijão com pão
Pirão e carne de galinha.

No jantar o mugunzá
Um prato delicioso
Lá no alpendre da casa
Soprando vento gostoso
Reunido a gente ouvia
As histórias de Trancoso.

Nas noites enluaradas
Pela a lua cor de prata
Do alto do firmamento
Prateava a verde mata
Pra acordava a namorada
Cantava uma serenata.

Hoje moro na cidade
Bem longe donde nasci
Até sonho de saudades
Da terra onde cresci
Inda choro quando lembro
Lá da casa onde vivi.

Tem gente que fala mal
Da terra onde nasceu
O lugar onde nasci
Não sai do coração meu
Para sair do meu berço

Só eu sei quanto doeu.

Ao recordar meu passado
Sinto grande emoção
Saudades da minha terra
Invadem meu coração
Onde vou levo lembranças
Da vida lá no sertão.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar

2.062 - ORGULHO DE SER ALENCAR.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 24 08 2014 e música:


Grande estrela brilhou
No céu azul do Brasil
Quando Leonel chegou
Nesta terra varonil.

Veio lá de Portugal
Para o sertão desbravar
E semeou a semente
Da Família Alencar.

Família tradicional
De prestígio e moral
Estar em todo lugar.

Em estudá-la me empenho
Por conhecê-la eu tenho
Orgulho de ser Alencar.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar 

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

2.061 - TEM MEDO DE DIZER.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 10 08 2016 e música:


A mulher de quem eu falo
Nunca foi com minha cara
Diante dela me calo
Pois o ódio a tomara.

Uma pessoa maldosa
Que vive de cara feia
Com sua fala dengosa
Somente o mal semeia.

Jamais fiz o mal pra ela
Nunca entrei na casa dela
Na minha ela tudo ver.

Esta mulher abusada
Só estando apaixonada
E tem medo de dizer.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

2.060 - MAIOR TESOURO.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 10 08 2016 e música:



Vida o maior tesouro
Pelo homem conhecido
Uma dádiva divina
Ao ser vivo concedido
Tesouro que pelo homem
Está sendo destruído.

Há uma infinidade
De viventes no universo
Por ordem do criador
No universo foi disperso
Que invés de preservado
Está sendo feito inverso.

Se não fosse este tesouro
Vida não existiria
Tudo seria minério
Como tal não viveria
Por ser substância inerte
A morte não mataria.

Embora tão diminuto
Não há tesouro maior
Quem não sabe aproveitar
Para ter vida melhor
E quem não o preservá-lo
Terá um futuro pior.

Todos os dias acontecem
Inúmeros assassinatos
Acidentes em toda parte
Confusões e desacatos
Guerras e revoluções
E fogo queimando matos.

A vida é o bem maior
Maior que a prata e o ouro
Se não nos conscientizarmos
Em um futuro vindouro
Pagaremos caro pela
Perda do maior tesouro.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

2.059 - VOCÊ NÃO NASCEU PRA MIM.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 0808 2016 e música:


O mundo não é nada sem você
Nem eu sou ninguém sem teu carinho
Perdi-te, mas não sei o porque,
Estou igual um pássaro sem ninho.

Vou voando atoa sem destino
Busco em outra a felicidade
Andarilho vagante peregrino
Sou vítima da sua crueldade.

Chorar pra que se não vai resolver
Nem fazer seu amor me devolver
Esquecer-te é o que devo em fim.

Buscar em ti um amor que não tem
Nem pra você nem pra mim não convém
Porque você não nasceu para mim.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

domingo, 7 de agosto de 2016

2.058 - BREVEMENTE TERÁ FIM TODA ESPÉCIE HUMANA.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 07 08 2016 e música:


O mundo está conturbado
O povo enlouquecido
Vivo desorientado
Por este mundo perdido
Já não sei o que fazer
Pra nele sobreviver
Sem esta gente profana
Se continuar assim
Brevemente terá fim
Toda espécie humana.

Ninguém respeita ninguém
O povo está revoltado
Porque quem respeito tem
Está sendo humilhado
A vida não tem sentido
Pra quem vive oprimido
Por uma lei desumana
Embora achem ruim
Brevemente terá fim
Toda espécie humana.

A santa igreja proclama
Dita pra quem quer ouvir
Enquanto o sangue derrama
A vida vai se extinguir
Vai reinar miséria e fome
E a sede que consome
A esta raça profana
Que só faz o que é ruim
Brevemente terá fim
Toda espécie humana.

Vejo que o ser humano
Com a sua crueldade
Tem causado tanto dano
A própria humanidade
Derrubando os vegetais
E matando os animais
E a seu semelhante engana
Estou prescindindo sim
Brevemente terá fim
Toda espécie humana.

O povo está se matando
Sem motivo e sem razão
Um ao outro odiando
E nação contra nação

Os vizinhos se odeiam
Intrigas desencadeiam
Meio uma guerra tirana
Ouço voz de diz assim
Brevemente terá fim
Toda espécie humana.

Políticos não se entendem
Ladrão roubando ladrão
Nosso patrimônio vendem
E eu não vejo um tostão
No país reina miséria
A fome não tira féria
No sertão e zona urbana
Quem entende diz assim
Brevemente terá fim
Toda espécie humana.

O povo vive em farra
E se esquece de Deus
Da igreja se desgarra
Não ver os pecados seus
Muitos que pregam a fé
Estão andando de ré
Vivendo vida profana
Ao som de um tamborim
Brevemente terá fim
Toda espécie humana.

Todos se acham o tal
O reconstrutor do mundo
Mas só cultivam o mal
Tornando o mundo imundo
Saibam que não sou profeta
Sou apenas um poeta
Que ama o que é bacana
Sem querer afirmo sim
Brevemente terá fim
Toda espécie humana.




Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

terça-feira, 2 de agosto de 2016

2.057 - É O QUE MAIS QUERO.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 01 08 2016 e música:


Vivo da forma que posso
Sem medo de cara feia
Eu não mexo com ninguém
Nem falo da vida alheia
Porque quem mexe com os outros
A recompensa é peia.

Meu pensamento vagueia
Com muita seriedade
Sempre fujo da mentira
Tento viver a verdade
Estou longe do perfeito
Mas vivo a minha vontade.

Herdei da paternidade
Minha maneira de ser
Eu respeito a todo mundo
Quero o mesmo receber
Fazendo aquilo que posso
Pra poder feliz viver.

Não estar no meu querer
Viver assim na pobreza
Eu tenho feito de tudo
Pra encontrar a nobreza
Eu tenho na poesia
A minha maior riqueza.

O que eu tenho por certeza
Que jamais vou desistir
Lutar por dias melhores
Eu tenho de persistir
Só irei descansar quando
Os meus sonhos conseguir.

O prazer quero sentir
De alcançar a vitória
Vencer as dificuldades
E agradecer com glória
Ver meu nome consagrado
E fazer parte da história.

E no livro de memória
Quero ver meu nome escrito
Diante do grande pai
Ser consagrado bendito
Enquanto vida tiver

Quero trabalhar bonito.

Do alto do infinito
As graças de Deus espero
Defendo a paz e o amor
Mas mentiras não tolero
Fazer as pessoas felizes
Na vida é o que mais quero.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

2.056 - É SAFADEZA.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 01 08 2016 e música:


Quem não tem o que fazer
Vive fazendo besteira
Como que vou receber
Isto é coisa de tranqueira.

Eu não vendi não herdei
E nem tomei emprestado
Pra me dizer que ganhei
Como que fui contemplado

Não investi não joguei
Não trabalhei nem achei
Eu vos digo com franqueza.

Quem estas coisas postar
Está querendo roubar
Pra eu isto é safadeza.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.