domingo, 6 de abril de 2025

3.339 - SE QUISER VIVER EM PAZ.

 

 Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra: 06 04 2025.

 

 

Eu jamais quero saber

Tenho raiva de quem sabe

Bisbilhotar vida alheia

Não é ao meu eu que cabe.

 

Cuide lá da sua vida

Que da minha cuido eu

Mexer com a vida dos outros

Não é propósito meu.

 

Mexe com a vida dos outros

Mas tu esqueces da tua

Não ver que a tua vida

Já anda no meio da rua.

 

Falar dos outros é fácil

Falar de não consegue

Tu tens prazer do que fazes?

Seja sincero não negue.

 

Você diz que não tem tempo

Pra sua casa arrumar

Mas tu tens o tempo todo

Pra mal dos outros falar.

 

Portanto te aconselho

Não falar da vida alheia

Se preocupe com a sua

Pra não parar na cadeia.

 

Falar da vida dos outros

Para ninguém fará bem

Não esqueça que você

Está indo no mesmo term.

 

Sei tu não imaginas

Todo mal que você faz

Esqueça a vida dos outros

Se quiser viver em paz.

 

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

sexta-feira, 4 de abril de 2025

3.338 - ME DIZEM QUE SOU POETA.

 

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra: 04 04 2025.

 

 

Me dizem que sou poeta

Não sei se ruim ou bom

Mas seja lá como for

Foi Deus quem me deu o dom

Só sei que faço o impossível

Para não sair do tom.

 

O poeta pra ser bom

Tem que ter um bom saber

Ter domínio na leitura

E também no escrever

Para não fazer besteiras

Botar tudo a perder.

 

Tenho o dom de escrever

E dele faço bom uso

Busco não escandalizar

E nem cometer abuso

Tenho o meu próprio estilo

Não admito intruso.

 

Acusar eu não acuso

E nem difamo ninguém

Antes busco ajudar

A todos pra se dar bem

Minha poesias é limpa

E jamais mancha alguém.

 

Eu faço o que me convém

Tentando fazer direito

O perfeito não existe

Mas busco o mais perfeito

Para que entre os poetas

Eu seja mui bem aceito.

 

Não sou poeta perfeito

Mas tenho muito cuidado

Pra não cometer deslizes

O meu trabalho é rimado

Faço até o impossível

Pra não versar pé-quebrado.

 

Inda não sou afamado

Mas bastante conhecido

No Brasil e estrangeiro

O meu trabalho é lido

Capricho em fazer bem

O que a mim é devido.

 

 

A Deus sou agradecido

Pelo dom da poesia

Por dormir à noite bem

Bem amanhecer o dia

Acordei de madrugada

Com as aves em cantoria.

 

Minha maior alegria

É versar em linha reta

Dom de fazer poesias

A minha vida completa

Eu me satisfaço quando

Me dizem que sou poeta.

 

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

3.337 - QUADRINHAS AVULSAS.

 

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra: 04 04 2025.

 

 

Nos galhos desta palmeira

Mora um arapuá

Na sombra mora uma jovem

Que não quer sair de lá.

 

Em um buraco de peba

Mora abelha capuchú

No formigueiro ao lado

Mora um casal de tatu.

 

O sol está muito quente

Quente igual uma fogueira

A terra está tão seca

Faz levantar a poeira.

 

Da calçada da igreja

Vejo o tempo passar

Querendo ou sem querer

Sinto a idade aumentar.

 

A vida é muito curta

Tenho que aproveitar

Sem fazer nada errado

Nem a ninguém difamar.

 

Sou poeta escritor

Me dispus a escrever

Estas quadrinhas avulsas

Como forma de lazer.

 

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

 

quinta-feira, 3 de abril de 2025

3.336 - SOU RICO SEM NADA TER.

 

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra: 03 04 2025.

 

 

Sou um rico sem dinheiro

Todos precisam saber

Viver assim como vivo

É mui difícil viver

Eu não pereço o que sou

Um rico sem nada ter.

 

Não está no meu querer

Ser um rico fracassado

Quando pensei está rico

Estava um rico quebrado

Mas quando eu me rico

Vi que estava derrotado.

 

Sou um rico hipotecado

Que mal ganho o que comer

Sou um rico sem futuro

Minha riqueza ninguém ver

Pois ela é invisível

E não pode aparecer.

 

Não vejo o que tento ver

Sem ter não posso ter nada

Minha riqueza não existe

Se existe é encantada

Querer ser rico e não ser

Torna a vida complicada.

 

Ter tudo e não ter nada

É como crer e não crer

É como viver sem vida

Ser vivo e não viver

Cheguei à conclusão que

Sou rico sem nada ter.

 

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar

domingo, 30 de março de 2025

3.335 - PALAVRAS QUE RIMAM COM CATINGUEIRA.

 

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra: 30 03 2025.

 

 

Catingueira, aroeira, porteira

Laranjeira, macaxeira, piteira

Mandioqueira, peneira, Pereira

Tangerineira, roqueira, chaleira

Canavieira, poeira, pedreira

Macieira, tropeira, Ipueira

Cantareira, paineira, ciumeira,

Batedeira, cafeteira, Limeira

Roçadeira, gemedeira, solteira

Fuxiqueira, mamadeira, boleira.

 

Palmeira, cachimbeira, tranqueira

Aboboreira, Silveira, geleira

Trepadeira, sanfoneira, chaveira

Roseira, baladeira, faxineira

Copeira, camareira, bananeira

Paripueira, farinheira, leira

Batuqueira, lançadeira, Nogueira

Castanheira, boiadeira, cheira

Rotineira, Mangabeira, fruteira

Prateleira, pipoqueira, carteira.

 

Cumieira, verdadeira, Vieira

Capoeira, lareira, caceteira,

Reparadeira, mangueira, louceira

Entupideira, maloqueira, feira

Desentupideira, Troteira, queira

Bitoneira, doceira, bobozeira

Algodoeira, boqueira, coceira

Melancieira, perneira, maleira

Cachoeira, peixeira, torceira

Bagunceira, bandalheira, Caieira,.

 

Barraqueira, desordeira, crueira

Funileira, cadeira, fuzileira

Caneneira, rendeira, Cajazeira

Leiteira, Pãozeira, enceradeira

Brigadeira, banheira, cipoeira

Jaboticabeira, engomadeira

Zabumbeira, ratoeira, bandeira

Seboseira, petroleira, barreira

Britadeira, livreira, Bulandeira

Engenheira, sapateira, ladeira.’’’

 

Gameleira, cidreira, mantiqueira

Parteira, Violeira, Macumbeira

Besteira, Blogueira, Aventureira

Bordadeira, Cabaceira, certeira

Cabroeira, Cangaceira, topeira

Seringueira, segueira, farofeira

Manipuladeira, Loureira, inteira

Cuscuzeira, derradeira, fuleira

Jangadeira, bandoleira, barbeira

Cabeleireira, banqueira, Junqueira

 

Canoeira, ceboleira, madeira

Paliteira, madeireira, pauleira

Arengueira, Taveira, Pitombeira

Arrumadeira, Pesqueira, torneira

Marinheira, carpinteira, pinheira

Mexeriqueira, ponteira, Siqueira

Caloteira, carcereira, biqueira

Paneleira, romeira, pimenteira

Saboneteira, Vidreira, sujeira

Garapeira, tatuzeira, Parreira.

 

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar

3.334 - QUADRINHAS DE MONTÃO.

 

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra 28 03 2025.

 

No sítio onde nasci

Bem distante da cidade

Tem um de cajarana

Que tem a minha idade.

 

Onde nasci tinha uma

Catingueira que chorava

Lágrimas em forma d´água

Quem fosse lá se molhava.

 

Onde houver galinheiro

Haverá frango com gogo

Há um dito popular

Onde há fumaça há fogo.

 

Em cima daquela serra

Há um pé de cajarana

Prova que antigamente

Existia uma choupana.

 

O re4i sol já vem saindo

Por de traz daquela serra

Com os seus raios dourados

Clareando toda terra.

 

O poeta pra ser bom

É preciso professor

Precisa de boa escola

Sem saber é um horror.

 

O tempo passou às pressas

Envelheci de repente

Hoje só guardo saudade

Do tempo que eu era gente.

 

Quem eu quero não me quer

Quem me quer mandei embora

Tudo que ganhei na vida

Sem preparo joguei fora.

 

Vivo a vida a sonhar

De tanto sonhar cansei

Eu vivo do meu trabalho

Na vida só apanhei.

 

Fico no computador

Sempre escrevendo em vão

Na condição de poita

Fiz quadrinhas de montão.

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

3.333 - AGUENTA CORAÇÃO.

 

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra: 30 03 2025.

 

 

Se você quer ir embora

Deixe-me e vai agora

Alguém te espera lá fora

Não se importe comigo

Se eu vou ou não sofrer

Se vou rir ou padecer

Juro que vou aprender

Viver sem está contigo.

 

Vai abandonou meu ninho

Siga firme em teu caminho

Dê pra outro teu carinho

A mim não pertence mais

O nosso amor acabou

Foi bom enquanto durou

A tua jura quebrou

Não perturbe-me jamais.

 

Confesso-te que a dor

De perder o teu amor

Fez de mim um sofredor

Correndo sério perigo

Quero que saiba agora

Meu coração triste chora

Mas a você não implora

A ficar aqui comigo.

 

Eu sou louco apaixonado

Por você um desvairado

Com o meu peito arrasado

Pela sua traição

Não ver o meu sofrimento

Deixou-me no esquecimento

Que lhe digo no momento

Aguenta coração.

 

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar